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Militantes matam 70 em ataques no nordeste da Nigéria

Ataque é mais um sinal de que as operações militares contra os insurgentes islâmicos não têm conseguido reduzir a violência


	Soldados nigerianos: milhares de pessoas morreram desde o início da insurgência do Boko Haram contra o governo, em 2009
 (Quentin Leboucher/AFP)

Soldados nigerianos: milhares de pessoas morreram desde o início da insurgência do Boko Haram contra o governo, em 2009 (Quentin Leboucher/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 15h13.

Maiduguri - Supostos militantes do Boko Haram mataram 70 pessoas em três ataques no nordeste na Nigéria nos últimos dias, disseram autoridades nesta segunda-feira, em um sinal de que as operações militares contra os insurgentes islâmicos não têm conseguido reduzir a violência.

O Boko Haram já matou centenas de civis e de membros das forças de segurança nas últimas semanas, à medida que continua a resistir ao reforço ordenado pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, na repressão aos militantes.

A seita busca estabelecer um Estado islâmico separado em um país dividido quase que igualmente entre cristãos e muçulmanos, o que representa a maior ameaça à segurança do maior exportador de petróleo da África.

Homens armados atacaram um comboio de pessoas que voltaram de uma festa de casamento no Estado de Borno, no sábado, matando 30 pessoas, incluindo o noivo, afirmou Ahmad Sajo, porta-voz do Estado vizinho de Adamawa. Os militares disseram que apenas cinco pessoas morreram.

Mais ao norte, no vilarejo de Gulumba, no Estado de Borno, homens armados em motocicletas e numa caminhonete mataram 27 pessoas e deixaram outras 12 feridas na madrugada de quinta-feira, segundo o chefe do governo local, Baba Shehu Gulumba.

Gulumba disse que mais 13 pessoas foram mortas no sábado em um ataque similar no vilarejo próximo chamado T-Junction.

Milhares de pessoas morreram desde o início da insurgência do Boko Haram contra o governo, em 2009, quando o movimento até então apenas religioso que se opunha à cultura ocidental decidiu tornar-se uma milícia armada ligada ao braço da Al Qaeda na África Ocidental.

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