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Militantes começam a receber vistos para deixar a Rússia

A Rússia começou a entregar os vistos aos militantes do Greenpeace anistiados, após ter posto fim às ações judiciais contra eles

Ativista do Greenpeace mostra seu passaporte com o visto russo:  justiça russa anunciou a suspensão das ações judiciais contra os 30 militantes do Greenpeace (Olga Maltseva/AFP)

Ativista do Greenpeace mostra seu passaporte com o visto russo: justiça russa anunciou a suspensão das ações judiciais contra os 30 militantes do Greenpeace (Olga Maltseva/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 13h52.

São Petersburgo - A Rússia começou nesta quinta-feira a entregar os vistos aos militantes do Greenpeace anistiados, após ter posto fim às ações judiciais contra eles, informou a ONG ambientalista.

"O serviço federal de imigração entregou hoje vistos a 14 membros da tripulação do Arctic Sunrise. Já podem voltar para suas casas", noticiou o Greenpeace em sua página na internet.

"Espera-se que os demais recebam seus vistos amanhã", sexta-feira, acrescentou a organização.

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel está entre estes militantes. O britânico Anthony Perrett foi o primeiro a recebê-lo e "deixará a Rússia nos próximos dias", declarou à AFP um porta-voz do Greenpeace.

Perret exibiu, sorridente, seu passaporte com o visto de saída da Rússia aos jornalistas reunidos em frente à sede local dos serviços de imigração russos em São Petersburgo (noroeste do país).

A justiça russa anunciou na quarta-feira a suspensão das ações judiciais contra os 30 militantes do Greenpeace acusados de "vandalismo" por uma ação de protesto no Ártico e anistiados por uma nova lei do Parlamento russo por ocasião do 20º aniversário da Constituição.

Em São Petersburgo, a comissão de investigação russa tinha convocado em suas instalações todos os membros da tripulação do navio "Arctic Sunrise" para informá-los ao longo do dia de quarta-feira que as acusações contra eles estavam suspensas.

A justiça russa comunicou nesta quinta-feira o fim das ações judiciais contra o último dos 30 membros da tripulação, o italiano Cristian d"Alessandro.

Dos 30 tripulantes, 26 não são russos. Sem o visto em seu passaporte que certifica sua entrada legal ao país, os militantes ambientalistas não podem deixá-lo.

Os membros da tripulação do navio foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. Depois de ser levados a São Petersburgo, eles foram postos em liberdade sob fiança em novembro.

Acusados em um primeiro momento de pirataria, um crime passível de uma pena de até 15 anos de prisão, eles finalmente foram acusados de vandalismo, um crime punido com uma pena de até sete anos de prisão.

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