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Militante do EI mata a própria mãe — para provar lealdade

Ela tentava convencer seu filho a deixar o grupo extremista, relatam ativistas na Síria


	Estado Islâmico: homem agita bandeira do grupo extremista em Raqqa, na Síria.
 (Reuters)

Estado Islâmico: homem agita bandeira do grupo extremista em Raqqa, na Síria. (Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 09h43.

São Paulo - Um militante do grupo extremista Estado Islâmico (EI) matou a própria mãe diante de centenas de pessoas na cidade de Raqqa, reduto dos jihadistas do EI na Síria.

Segundo denúncia dos Ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Lina Kassem, que estava em seus 40 anos, queria fugir da cidade e pediu que seu filho, Ali Saker, de 20 anos, abandonasse o grupo. 

Mas ao invés disso ele se rebelou contra ela e a denunciou para superiores. Lina foi levada a julgamento pelo EI acusada de apostasia (renúncia de uma religião ou da fé religiosa), e foi condenada à morte.

Seu filho realizou a execução com um rifle perto da estação de correios onde ela trabalhava, na última quinta-feira.

Execuções públicas tornaram-se um espetáculo de rotina para muitos que vivem sob controle do Estado Islâmico, incluindo centenas de crianças.

As cenas constantes de punição, segundo especialistas, é uma maneira que o grupo jihadista encontrou para atrair novos apoiadores e anular a resistência.

Os Ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos publicaram uma foto de Ali Saker no Twitter. Veja abaixo

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