Mundo

Milhares sofrem com greve do metrô em Londres

Milhares de usuários do metrô de Londres sofreram com as alterações de seus trajetos, por conta da redução de 70% dos serviços deste transporte


	Metro de Londres lotado: todas as linhas do metrô, que diariamente são utilizadas por três milhões de pessoas, foram afetadas pela greve
 (Getty Images)

Metro de Londres lotado: todas as linhas do metrô, que diariamente são utilizadas por três milhões de pessoas, foram afetadas pela greve (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 11h59.

Londres - Milhares de usuários do metrô de Londres sofreram nesta quarta-feira com as alterações de seus trajetos, por conta da redução de 70% dos serviços deste tipo de transporte, devido à greve de 48 horas em protesto pela demissão de vários funcionários que serão substituídos por máquinas.

Todas as linhas do metrô, que diariamente são utilizadas por três milhões de pessoas, foram afetadas pela greve, que começou na noite de terça-feira por volta das 21h local (19h, em Brasília) e que é realizada por membros do Sindicato Marítimo e de Transporte (RMT) e da Associação de Pessoal de Transporte Assalariado (TSSA).

Segundo este último sindicato, o serviço foi reduzido "em 70%" apesar da empresa Transport For London (Tfl) -encarregada do funcionamento do metrô- indicar que os serviços são operados com o mínimo de trens em oito das 11 linhas.

Em um comparecimento hoje perante a câmara dos Comuns, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, "condenou sem reservas" a ação sindical.

"Necessitamos de uma linha de metrô modernizada para os milhões de londrinos que a utilizam todos os dias", opinou o chefe do Governo, que acrescentou que "o fato de que só 3% das transações são feitas em bilheterias justifica que haja menos pessoas nesses escritórios e mais gente nas plataformas e nas estações".

As alterações foram notadas especialmente no começo da manhã e muitas pessoas tiveram sérias dificuldades para pegar ônibus, por conta das longas filas.


Para se antecipar aos problemas, muitas pessoas optaram por ir hoje ao trabalho de bicicleta ou em seus veículos particulares.

A medida de força foi adotada em protesto pelo fechamento anunciado de bilheterias para 2015 e depois que fracassassem as conversas entre os sindicatos e a empresa.

Os sindicatos rejeitam os planos de fechamento das bilheterias, pois suporão um corte de 750 empregos.

Os líderes sindicais tinham oferecido anular esta greve se fossem suspendidos os planos de fechamento, mas as negociações entre as duas partes terminaram sem nenhum acordo.

Em sua conta no Twitter, David Cameron qualificou a medida como "vergonhosa", que provocará "sofrimento a milhões de londrinas".

O prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson, qualificou a greve de "inútil" e se mostrou a favor de modificar as leis sobre greves para limitar estas medidas.

Os líderes sindicais da RMT e TSSA, Bob Crow e Manuel Cortes, respectivamente, criticaram hoje o prefeito por se negar a se reunir com eles para analisar o fechamento das bilheterias.

O líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, primeiro da oposição, considerou "profundamente lamentável" que os sindicalistas não possam conversar com o prefeito.

Acompanhe tudo sobre:EuropaGrevesLondresMetrópoles globaisReino Unido

Mais de Mundo

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos