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Milhares protestam na Venezuela contra Maduro

Manifestação organizada pelo opositor Henrique Capriles foi contra um projeto aprovado na Assembleia que permite que Maduro governe por decretos


	Maduro disse que pretende enfrentar os problemas econômicos do país por meio dos poderes legislativos que lhe foram concedidos pela Assembleia
 (LEO RAMIREZ/AFP)

Maduro disse que pretende enfrentar os problemas econômicos do país por meio dos poderes legislativos que lhe foram concedidos pela Assembleia (LEO RAMIREZ/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2013 às 10h45.

Caracas - Milhares de venezuelanos protestaram neste sábado em parques e praças contra um projeto aprovado pela Assembleia que permite ao presidente do país, Nicolás Maduro, governar por meio de decretos. A manifestação foi organizada pelo líder da oposição, Henrique Capriles, e também se voltou contra uma série de problemas econômicos, incluindo a enorme inflação, a rápida depreciação da moeda local, a falta de itens básicos de consumo e alimentação, os constantes apagões e a corrupção generalizada.

"Eu nunca vi as coisas tão ruins assim. É preciso pegar fila logo cedo para comprar farinha, açúcar e óleo de cozinha. A gente não acha comida nem peças pro carro. Esse país está sendo destruído", comentou o consultor de segurança José Delgado, de 56 anos, durante um protesto no centro de Caracas.

Maduro, que completa 51 anos neste sábado, disse que pretende enfrentar os problemas econômicos do país por meio dos poderes legislativos que lhe foram concedidos pela Assembleia. Ele afirmou que precisa dessa autoridade para lançar uma "ofensiva" contra líderes empresariais gananciosos e inimigos políticos, que seriam responsáveis por manipulações de preços e por tentar desestabilizar a economia.

As duas primeiras leis aprovadas por Maduro com seus novos poderes foram para limitar os lucros das empresas e criar uma nova agência estatal para fiscalizar as exportações e importações. Na semana passada o presidente desencadeou uma onda de compras de fim de ano, ao obrigar algumas lojas a reduzir preços em até 50%, o que causou enormes filas em shoppings e centros comerciais.

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