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Milhares devem comparecer a funeral de policial em NY

Wenjian Liu foi morto no mês passado por um atirador que queria vingar as mortes de dois homens negros não armados por policiais brancos


	Policiais em Nova York: oficial foi assassinado por atirador que queria vingar as mortes de dois homens negros por brancos
 (Maleroux/AFP)

Policiais em Nova York: oficial foi assassinado por atirador que queria vingar as mortes de dois homens negros por brancos (Maleroux/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 09h52.

Nova York - Dezenas de milhares de policiais devem comparecer neste domingo, junto com políticos e outros em luto, ao funeral de um policial de Nova York morto no mês passado em uma emboscada que aprofundou um racha entre o prefeito Bill de Blasio e os oficiais.

Wenjian Liu, 32, e seu parceiro, Rafael Ramos, 40, foram assassinados em 20 de dezembro enquanto esperavam em seu carro de patrulha no Brooklyn, após o atirador Ismaaiyl Brinsley ter afirmado que queria vingar as mortes de dois homens negros não armados por policiais brancos, neste verão nos Estados Unidos. Brinsley se matou depois de atirar nos policiais.

Com de Blasio esperado para falar no funeral de Liu, o comissário da polícia Bill Bratton disse aos policiais antes do velório no sábado para se absterem do "ato de desrespeito" visto no funeral de Ramos há uma semana, quando milhares de policiais viraram as costas para o prefeito.

"O funeral de um heroi é um evento de luto, não de reclamação", escreveu Bratton em um memorando aos policiais.

De Blasio e Bratton entraram na casa funerária juntos para o velório, enquanto os policiais mantinham guarda na entrada, saudando ambos quando entraram.

Os assassinatos desgastaram as já tensas relações entre a força policial e de Blasio, que criticou duramente as táticas de "parar e revistar" do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) durante sua campanha em 2013.

O prefeito também ofereceu apoio qualificado para a onda de protestos desencadeada pela morte de dois homens negros em Nova York e Ferguson, Missouri, e disse conversar com seu filho bi-racial, Dante, sobre a interação com a polícia.

Imediatamente após Liu e Ramos serem mortos, Patrick Lynch, chefe do maior sindicato policial da cidade, expressou desprezo por de Blasio, dizendo que havia "sangue em muitas mãos".

O funeral de Ramos há uma semana está entre os maiores da história do NYPD, com a presença de mais de 200 mil oficiais de todo o país.

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