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Milhares de ucranianos cruzaram fronteira, diz Medvedev

As autoridades ucranianas negaram a afirmação do premiê e responderam que não havia nenhuma evidência de uma crise de refugiados


	Medvedev, premiê russo: ele pediu apoio do governo às regiões que recebem refugiados
 (Yuri Kadobnov/AFP)

Medvedev, premiê russo: ele pediu apoio do governo às regiões que recebem refugiados (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 15h19.

Moscou - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, disse nesta quinta-feira que as operações militares no leste da Ucrânia contra rebeldes separatistas obrigou milhares de civis a fugir pela fronteira para a Rússia.

As autoridades ucranianas, no entanto, negaram a afirmação do premiê e responderam que não havia nenhuma evidência de uma crise de refugiados.

A Rússia tem cada vez mais classificado a luta contra a insurgência no leste da Ucrânia como uma questão humanitária, chegando até a propor nesta semana uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas esta semana pedindo a criação de corredores que permitam que não-combatentes consigam se retirar das regiões de conflito e insistindo que Kiev encerre as operações militares contra civis.

As potências ocidentais reagiram com frieza à proposta feita por Moscou e têm sido céticas a respeito de afirmações anteriores sobre os requerentes de asilo no país.

Medvedev descreveu o fluxo de crianças e famílias ucranianas que migraram para a Rússia e que querem permanecer por lá, dizendo que quatro mil pessoas já haviam solicitado asilo.

Ele pediu o apoio do governo às regiões que recebem refugiados, que estão em "situação muito difícil".

O governador da região de Rostov, que faz fronteira com o sudeste da Ucrânia, disse à agência de notícias Interfax que as autoridades locais tinham aberto alojamento temporário para 2,6 mil pessoas.

A afirmação de Medvedev veio ao mesmo tempo que surgem sinais de que o controle da Ucrânia sob a sua fronteira está enfraquecendo, com relatos de guardas abandonando postos de segurança. M

as o Serviço Nacional de Fronteiras da Ucrânia disse que não havia detectado aumento no número de pessoas que atravessam a fronteira sobre a Rússia.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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