Policiais prendem um manifestante pró-oposição em Moscou (Andrey Smirnov/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2011 às 08h27.
Moscou, 10 dez (EFE).- Centenas de pessoas já se manifestam em cidades da Sibéria e do sul da Rússia para contestar os resultados das eleições parlamentares de domingo passado no país, enquanto outras milhares se preparam para sair às ruas em Moscou e São Petesburgo, informou a agência de notícias local 'Interfax'.
Na cidade de Khabarovsk, no Extremo Oriente russo, pelo menos 25 manifestantes foram detidos por pedir a anulação dos resultados das eleições. Enquanto isso, cerca de 50 pessoas saíram às ruas de Blagoveshensk, na região do Amur, na fronteira com a China, também no Extremo Oriente.
Duas pessoas foram detidas na cidade de Chita quando distribuíam panfletos entre os participantes do protesto, que reuniu cerca de 150 pessoas.
Pelo menos 300 pessoas se concentram em Barnaul, capital do Krai Altai, aos gritos de 'Chega de mentiras' e 'Novas eleições', denunciando fraudes nos resultados eleitorais.
Mais de 250 cidadãos participam do ato 'Por eleições limpas' nas cidades siberianas de Kemerovo e Novokuznetsk sob o atento olhar das autoridades policiais.
Outras duas centenas gritaram palavras de ordem contra o partido governista Rússia Unida, liderado pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, em Abakan (Khakassia), num comício não autorizado pelo governo municipal, que durou pouco mais de uma hora.
Da mesma forma que em muitas outras cidades, militantes e representantes do Partido Comunista da Rússia, segunda legenda mais votada no domingo, distribuíram panfletos que exigem a anulação dos resultados e a repetição do pleito.
Também no sul da Rússia, nas regiões do rio Volga, o descontentamento popular transpareceu as ruas de algumas cidades.
Em Penza, entre 300 pessoas, segundo a Polícia, e 600 segundo os organizadores, exigiram a revisão da contagem de votos, a renúncia do presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC), Vladimir Churov, e o restabelecimento das eleições regionais e municipais, canceladas há anos por Putin.
Centenas de pessoas protestam em Rostov do Don em um ato não autorizado organizado pelos comunistas, enquanto outros 500 manifestantes saíram às ruas de Voronej, no sudoeste russo.
Já a capital russa prepara-se para receber dezenas de milhares de manifestantes na praça Bolotnaya. Mais de 30 mil pessoas expressaram a intenção de comparecer ao protesto em Moscou, que pode ser o mais numeroso da Rússia desde os anos 1990.