Mundo

Milhares de pessoas vão às ruas contra alta de preços na Jordânia

O governo tenta aprovar projeto de lei para elevar os impostos para garantir empréstimo do Fundo Monetário Internacional

O FMI aprovou uma empréstimo de 723 milhões de dólares em três anos caso o país faça reformas estruturais (Muhammad Hamed/Reuters)

O FMI aprovou uma empréstimo de 723 milhões de dólares em três anos caso o país faça reformas estruturais (Muhammad Hamed/Reuters)

A

AFP

Publicado em 4 de junho de 2018 às 09h29.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 10h28.

A Jordânia vive nos últimos dias uma onda de manifestações contra o aumento de preços e contra um projeto de lei para elevar os impostos promovido pelo governo, sob pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para fazer reformas estruturais.

O rei Abdullah II defende um diálogo nacional e razoável sobre o projeto de lei do Imposto de Renda, o que desatou na quarta-feira as manifestações, as mais importantes do país nos últimos cinco anos.

As concentrações ocorreram na capital Amã e em outras cidades do país. Um dos pontos do projeto visa a tributar as rendas mais modestas.

Na noite de sábado, cerca de 3.000 pessoas se manifestaram perto do gabinete do primeiro-ministro, no centro da capital.

Centenas de manifestantes também saíram às ruas das cidades de Zarqa, Balqa (leste), Maan, Karak (sul), Mafraq, Irbid e Jerash (norte).

Poucas horas antes, as negociações entre representantes dos sindicatos e o governo haviam fracassado.

O FMI aprovou em 2016 uma linha de crédito de 723 milhões de dólares em três anos para o país. Em troca, a Jordânia se comprometeu em colocar em andamento reformas estruturais e reduzir progressivamente sua dívida pública até77% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, frente aos 94% de 2015.

O projeto de lei fiscal, recomendado pelo FMI, prevê um aumento de ao menos 5% dos impostos que afetará pela primeira vez as pessoas com uma renda anual de 8.000 dinares (9.700 euros). O imposto às empresas aumentará, por sua vez, de 20 a 40%.

Acompanhe tudo sobre:Protestos no mundoImpostosGovernoJordânia

Mais de Mundo

Premier francês suspende reforma da Previdência até 2027; Macron ameaça antecipar eleições

Aeroporto de Lisboa tem atrasos de mais de uma hora após implementação de novo sistema de fronteiras

Hamas recupera terreno em Gaza após retirada israelense

Na Itália, quase 10% da população vive em pobreza absoluta em 2024