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Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2013 às 15h04.
Lisboa - Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado em Lisboa para pedir eleições antecipadas e a renúncia do governo, que ontem anunciou um acordo para solucionar as diferenças entre os dois partidos conservadores que formam o Executivo.
Convocados pela maior central sindical portuguesa, a Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP), os manifestantes protestaram na frente do Palácio de Belém, sede da chefia do Estado.
O secretário-geral do sindicato, Armênio Carlos, criticou em discurso as 'manobras' dos conservadores para manter-se no poder e exigiu ao presidente português, Aníbal Cavaco Silva, que dissolva o Parlamento e convoque eleições.
Carlos, cujo sindicato organizou na semana passada a quarta greve geral contra o atual governo, declarou que a direita lusa teme as eleições porque perderia sua atual maioria e acarretaria o aumento da votação dos partidos de esquerda.
A manifestação terminou pouco antes da reunião, em um hotel lisboeta, das direções dos dois partidos da coalizão de governo, o Centro Democrático Social Partido Popular (CDS-PP, democrata-cristão) e o Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Segundo seus porta-vozes, as organizações vão carimbar a recomposição de sua aliança de governo nessa reunião para garantir a estabilidade política e o cumprimento do programa de resgate.
Passos Coelho apresentou o acordo de governo ontem a Cavaco Silva, mas o chefe de Estado, segundo meios oficiais, não se pronunciará formalmente até que na próxima semana termine a rodada de contatos com os partidos aberta por causa da crise de governo. EFE
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