Espanha: ao longo do percurso se veem várias bandeiras espanholas, mas também catalãs e europeias, e os cantos de "Viva Espanha" e "Viva Catalunha" (Yves Herman/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de outubro de 2017 às 10h10.
Última atualização em 29 de outubro de 2017 às 11h14.
Barcelona -- Milhares de pessoas se manifestam no centro de Barcelona neste domingo contra a declaração de independência realizada na sexta-feira passada pelo parlamento da Catalunha e a favor da unidade da Espanha.
"Todos somos a Catalunha" foi o lema dessa passeata organizada por uma entidade denominada Sociedade Civil Catalã (SCC), que cifrou em 1,1 milhão de pessoas o total de manifestantes, enquanto a Guarda Urbana de Barcelona contabilizou 300.000 manifestantes.
A manifestação contou com a participação de dirigentes dos partidos Ciudadanos (liberais), PSC (socialistas) e PPC (centro-direita).
Esses três grupos abandonaram o plenário do parlamento catalão na sexta-feira antes da votação da resolução sobre a independência da Catalunha.
Horas depois o Conselho de Ministros do governo espanhol, após receber a autorização do Senado, decretou a destituição de todo o gabinete regional e a dissolução do parlamento autônomo, com a convocação de eleições para o próximo dia 21 de dezembro.
Na liderança da manifestação estavam vários dirigentes políticos, incluindo a ministra de Saúde espanhola, a catalã Dolors Montserrat.
Ao longo do percurso, caraterizado por um ambiente festivo e reivindicativo, foi possível ver várias bandeiras espanholas, mas também catalãs e europeias, e ouvir os cantos de "Viva Espanha" e "Viva Catalunha".
Ao final da manifestação, discursaram o ex-ministro do PP, Josep Piqué, o ex-ministro socialista e ex-presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, e o ex-líder do Partido Comunista Espanhol, Paco Frutos.
Os três falaram a favor da convivência e da concórdia e rejeitaram as tentativas de dividir os catalães que atribuíram aos independentistas.
Por sua vez, o manifesto lido pelos organizadores pediu sensatez para superar a atual crise e voltar à legalidade e à convivência pacífica.