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Milhares de pessoas fogem das inundações na Europa Central

Milhares se refugiaram nos centros de emergência no leste da Alemanha


	Pessoas instalam barreira com sacos de areia na Alemanha: a catástrofe deixou ao menos 12 mortos nos últimos cinco dias na Europa Central
 (Odd Andersen/AFP)

Pessoas instalam barreira com sacos de areia na Alemanha: a catástrofe deixou ao menos 12 mortos nos últimos cinco dias na Europa Central (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h34.

Bitterfeld - Milhares de pessoas estavam refugiadas nesta quinta-feira nos centros de emergência no leste da Alemanha para fugir das inundações históricas que colocam em alerta vários países da Europa Central.

A situação seguia particularmente tensa na Baviera e no leste da Alemanha, onde as cidades industriais de Bitterfeld e Halle se preparam para o pior.

Mas os danos são, até o momento, materiais, enquanto a catástrofe deixou ao menos 12 mortos nos últimos cinco dias na Europa Central.

Diante do aumento do nível da água, milhares de alemães deixaram suas casas e se amontoavam nos ginásios onde foram instaladas camas de campanha. "Chegamos a dormir apenas alguns minutos e depois vieram nos despertar", lamentava uma mulher, Simone Muller, em Bitterfeld (leste).

A cidade de Deggendorf, perto da fronteira tcheca e austríaca, estava quase isolada do mundo, segundo a imprensa local.

Alguns moradores precisaram ser retirados de helicóptero de suas casas enquanto as imagens aéreas divulgadas pelas redes de televisão mostravam casas quase submersas e edifícios onde o nível da água alcançava ou era superior ao primeiro andar.


Uma parte da estrada também estava submersa e alguns caminhões abandonados nas estradas estavam cobertos até o teto.

Nesta mesma região a água baixou na cidade de Passau, onde os habitantes começaram a remover as toneladas de barro trazidas pelas enchentes que alcançaram o centro histórico no início da semana.

Os moradores constataram a importância dos danos ao retornar aos seus lares. Seu custo ainda não foi avaliado, mas o ministro das Finanças, Wolfgang Schauble, indicou nesta quinta-feira que a ajuda de 100 milhões de euros já anunciada pode ser insuficiente.

A cidade da porcelana, Meissen, continuava invadida pela água, enquanto não muito longe dali, em Dresden, nas margens do Elba, as equipes locais tentavam salvar seu centro histórico com a ajuda de sacos de areia para reforçar os diques.

Milhares de voluntários participaram durante toda a noite e pela manhã nas operações de reforço para impedir inundações mais graves. O nível de água alcançou na quinta-feira 8,75 metros, abaixo do nível recorde de 2012, quando chegou a 9,40 metros.

Em Halle até 30.000 pessoas poderiam ser retiradas se os diques cedessem e todo o bairro de Halle-Neustadt poderia terminar totalmente inundado. Já foi ordenada a retirada de mil pessoas.

Na Hungria, os serviços de resgate e milhares de voluntários trabalharam durante toda a noite para reforçar as defesas contra o aumento do nível do Danúbio.


As autoridades anunciaram que os diques foram reforçados ao longo dos 689 km do rio no país.

Em Budapeste, espera-se o pico da cheia para segunda-feira com um nível de 8,85 metros, que seria superior ao recorde de 8,60 metros de 2006.

Na capital foram instalados diques de areia ao redor da ilha Margarita, no centro da cidade, onde os dois hotéis de luxo foram esvaziados.

O trânsito foi proibido nas vias que correm ao lado do Danúbio em Budapeste, já inundadas pela água, o que provocou grandes engarrafamentos no centro da cidade.

Na Áustria a água continuava baixando em todo o país, depois que a enchente alcançou um nível recorde histórico em Korneuburgo, perto de Viena, com um pico de 8,06 metros.

A República Tcheca, onde a água descia, respirava com alívio depois de cinco dias de cheias nas quais ao menos oito pessoas morreram.

Cinco pessoas seguiam desaparecidas nesta quinta-feira, 20.000 foram retiradas de suas casas em todo o país e milhares de lares estão sem eletricidade, gás e água potável.

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