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Milhares de manifestantes protestam em Istambul

Este é o sexto dia de manifestações contra o primeiro-ministro da Turquia


	Manifestante enfrenta a polícia em Istambul, na Turquia: os manifestantes pedem que a polícia pare de usar gás lacrimogêneo e que a liberdade de expressão seja respeitada
 (Bulent Kilic/AFP)

Manifestante enfrenta a polícia em Istambul, na Turquia: os manifestantes pedem que a polícia pare de usar gás lacrimogêneo e que a liberdade de expressão seja respeitada (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 11h22.

Istambul - Milhares de pessoas responderam à convocação de dois sindicatos e se reuniram nesta quarta-feira à tarde (hora local) na Praça Taksim, em Istambul, no sexto dia de protestos contra o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan.

Partindo de dois locais diferentes, os manifestantes, com bandeiras vermelhas e brancas, invadiram a Praça Taksim, coração do protestos que agitam a Turquia, exigindo a renúncia do chefe de governo.

"Taksim, resiste, os trabalhadores chegam" e ainda "Tayyip, os saqueadores estão aqui!", gritavam os manifestantes.

Pelo menos 10 mil manifestantes, alguns com emblemas com a imagem do fundador da Turquia moderna, Mustafa Kemal Atatürk, também marcharam pela capital Ancara em meio a uma nuvem de bandeiras turcas, constatou um jornalista da AFP.

"Este país não se curvará diante de ti", gritaram os manifestantes ao chefe de Governo.

Os representantes dos manifestantes turcos exigiram nesta quarta-feira que o governo demita os chefes de polícia de várias cidades do país, incluindo Istambul e Ancara, pelo uso excessivo da força.

"Os chefes de polícia que deram a ordem de atuar com violência devem ser demitidos", afirmou um porta-voz do grupo após uma reunião em Ancara com o vice-primeiro-ministro Bülent Arinç.

Os representantes, todos da sociedade civil, entregaram ao número dois do governo islâmico conservador uma lista de reivindicações, incluindo a libertação de todos os manifestantes detidos desde o início dos protestos e o abandono do polêmico projeto de urbanização da Praça Taksim, o estopim da contestação.

Os manifestantes também pedem que a polícia pare de usar gás lacrimogêneo e que a liberdade de expressão seja respeitada na Turquia.

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