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Milhares de guardas protestam em frente ao Parlamento da Argélia

Guardas comunais protestam contra o plano de corte de seus efetivos

Argélia: Guarda Comunal conta atualmente em todo o país com cerca de 94 mil agentes (Spencer Platt/Getty Images)

Argélia: Guarda Comunal conta atualmente em todo o país com cerca de 94 mil agentes (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 13h28.

Argel - Milhares de guardas comunais da Argélia, forças de segurança dependentes do Ministério do Interior, romperam nesta segunda-feira um cordão policial para fazer uma manifestação em frente à Assembleia Nacional, no centro de Argel, em protesto a um plano que prevê o corte de seus efetivos, constatou a Agência Efe.

Entre 6 mil e 7 mil agentes da Guarda Comunal procedentes de todas as províncias do país permanecem concentrados perante a sede parlamentar, no que representa um protesto inabitual em Argel, onde as manifestações são normalmente impedidas pela Polícia.

Os guardas comunais, muitos deles mutilados ou com ferimentos provocados pelo combate ao terrorismo, ocupam a ampla avenida colonial em frente ao mar da capital, interditada para tráfego em ambos os sentidos.

"Estamos fartos de promessas. Cumprimos nosso dever nacional, onde estão nossos direitos?", gritam os guardas comunais, entre os que figuram muitas pessoas de avançada idade.

O corpo de guardas comunais foi criado em 1994 para ajudar no combate ao terrorismo nas zonas rurais da Argélia.

Após a relativa diminuição dos atentados terroristas nos últimos anos, o Governo argelino decidiu reorganizar seu sistema.

Na semana passada, o ministro do Interior argelino, Dahou Ould Kablia, anunciou aos representantes dos guardas comunais um plano de reorganização, que contempla a distribuição de alguns agentes nas forças regulares do Exército e a incorporação de outros como agentes de segurança municipais.

A Guarda Comunal conta atualmente em todo o país com cerca de 94 mil agentes, indicaram à Agência Efe fontes da entidade, segundo as quais desde 1994 houve 4.600 mortos e milhares de feridos entre suas fileiras.

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