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Milhares de gregos protestam contra acordo sobre o nome Macedônia

Dezenas de milhares de gregos se manifestaram neste domingo (4), em Atenas, para se opor ao uso do nome Macedônia por parte do país vizinho

Homem segura bandeira da Grécia em frente ao parlamento grego em Atenas (Costas Baltas/Reuters)

Homem segura bandeira da Grécia em frente ao parlamento grego em Atenas (Costas Baltas/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de fevereiro de 2018 às 17h01.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 18h52.

Dezenas de milhares de gregos se manifestaram neste domingo (4), em Atenas, para se opor ao uso do nome Macedônia por parte do país vizinho.

Junto a uma bandeira grega gigante em meio à praça Syntagma, milhares de manifestantes gritavam "Macedônia é grega", "Macedônia significa Grécia!".

Uma recente pesquisa para o canal de televisão Action 2 mostra que 59% dos gregos discordam da presença da palavra Macedônia no futuro nome do país, um compromisso que o governo de esquerda de Alexis Tsipras e o novo primeiro macedônio socialdemocrata, Zoran Zaev, parecem estar dispostos a negociar. Cerca de 35% dos gregos dizem que não se incomodariam.

A marcha foi organizada e financiada em grande parte por grupos da diáspora grega, associações de militares reformados, grupos religiosos e associações culturais da Macedônia grega.

Nesta semana, o enviado das Nações Unidas para o tema, Matthew Nimetz, disse em Atenas que chegou a hora de encontrar uma solução.

Essa disputa remonta à independência da antiga república iugoslava. Os gregos temem que, com a atribuição oficial do nome de Macedônia ao país, não se possa distingui-lo do nome da província fronteiriça homônima do norte da Grécia.

Como consequência, a Grécia bloqueou há dois anos a adesão de sua vizinha à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ao processo para integrar a União Europeia.

Para o professor de Ciência Política Nikolaos Tzifakis, da Universidade de Peloponeso (sul), "muitas pessoas veem agora a mudança política (sobre esse assunto) pelo prisma da crise política e a enxergam como uma concessão a mais".

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