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Milhares de famílias fogem dos combates em Mosul

Os deslocados se dirigem para o extremo leste de Mosul, uma área que já está sob o controle das forças iraquianas

Mosul: as famílias começaram a fugir ontem diante da iminente chegada das forças iraquianas (Muhammad Hamed/Reuters)

Mosul: as famílias começaram a fugir ontem diante da iminente chegada das forças iraquianas (Muhammad Hamed/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 10h05.

Erbil - Milhares de famílias abandonaram suas casas nas últimas horas na cidade iraquiana de Mosul (norte) onde são esperados novos combates entre as forças iraquianas e o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), afirmou o chefe de segurança da província de Ninawa, cuja capital é Mosul, Mohammed al Bayati.

As famílias começaram a fugir ontem diante da iminente chegada das forças iraquianas. Segundo Bayati, o EI perdeu o controle que tinha nessa população e não teve capacidade de impedir a saída.

Os deslocados se dirigem para o extremo leste de Mosul, uma área que já está sob o controle das forças iraquianas.

Bayati disse à Agência Efe que o EI executou 23 jovens ontem perto da zona arqueológica de Karash al Shamal quando tentavam escapar das zonas que o grupo jihadista domina.

Para as forças de segurança, a saída dos moradores representa uma facilidade extra que permitirá diminuir as baixas entre civis e acelerará as operações. O Exército iraquiano anunciou no sábado passado que já controla 90% da metade leste de Mosul, cidade que está dividida pelo Rio Tigre.

De acordo com a Organização Mundial de Migrações (OIM), mais de 148 mil pessoas foram deslocadas pela violência nos últimos três meses em Ninawa e cerca de 16.500 retornaram para casa recentemente após a expulsão do EI de várias localidades.

Não se sabe quantas pessoas permanecem em Mosul atualmente, mas, antes do início da ofensiva, a Organização das Nações Unidas (ONU) calculava que havia de 1,2 e 1,5 milhão de habitantes.

A ofensiva para expulsar o EI de Mosul e de toda a província de Ninawa começou em outubro e se intensificou na última semana de dezembro, com a chegada de reforços do Exército e da Polícia.

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