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Milhares de estudantes protestam e tomam as ruas no Líbano

Desde 17 de outubro, milhares de manifestantes protestam contra os líderes políticos acusados de corrupção

Líbano: estudantes protestam contra o governo (Mohamed Azakir/Reuters)

Líbano: estudantes protestam contra o governo (Mohamed Azakir/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 10h20.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 10h21.

Milhares de crianças em idade escolar e demais estudantes se manifestaram nesta quinta-feira (7) no Líbano, bloqueando as administrações públicas em um novo dia de protestos contra o governo que começou em outubro.

Em Beirute, centenas de crianças em idade escolar se concentraram diante do Ministério da Educação com bandeiras libanesas. No bairro Achrafieh, iam de uma escola para outra, pedindo a seus colegas que se juntassem ao movimento, informaram jornalistas da AFP.

"Desafio políticos e altos funcionários que tentam levar seus filhos para uma escola pública", disse um dos estudantes na frente do Ministério da Educação, em declarações a uma rede de televisão.

"A economia está indo mal, não há trabalho. Como faremos amanhã para viver?", questionou.

Em Trípoli (norte), a segunda maior cidade do país, onde continuam os protestos, dezenas de manifestantes se reuniram diante do Ministério das Telecomunicações, de acordo com um jornalista da AFP.

Em várias cidades ao longo da costa, como Joünié ou Chekka, crianças em idade escolar se concentraram diante da companhia telefônica pública Ogero, informou a agência de imprensa ANI.

Nas cidades de maioria xiita de Nabatiyé e Baalbek, bastiões do movimento Hezbollah, estudantes de todas as idades também foram às ruas, segundo a mesma fonte.

Em Sídon, a maior cidade do sul do país, manifestantes impediram que o órgão de emplacamento de carros abrisse suas portas, relatou a ANI.

Desde 17 de outubro, milhares de manifestantes invadiram as praças das principais cidades do Líbano para protestar contra os líderes políticos, acusados de corrupção e incompetência em um país imerso em uma grave crise econômica.

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