O Exército reconheceu o direito do povo de se manifestar, mas alertou que reagirá em caso de atos violentos (Khaled Desouki/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 13h23.
Cairo - Milhares de pessoas se reuniram nesta sexta-feira na Praça Tahrir do centro do Cairo para pedir ao Exército que cumpra com suas promessas de reforma e de democratização.
Esta manifestação na simbólica praça que foi o epicentro da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro foi convocada por organizações laicas e de esquerda, principalmente movimentos de jovens.
No entanto, foi boicotada pela poderosa organização da Irmandade Muçulmana e por outros movimentos islamitas.
Em um comunicado postado no Facebook, o Exército reconheceu o direito do povo de se manifestar pacificamente, mas alertou que responderá "com a maior severidade e determinação a qualquer tipo de violência".
Os ativistas laicos temem que a realização de eleições favoreça os islamitas e dirigentes do antigo regime, e pedem uma revisão das normas eleitorais.
Também exigem mais reformas e que se deixe de usar tribunais militares para julgar civis.