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Milhares de apoiadores de Trump voltam a protestar contra eleição

Protesto aconteceu mesmo após a Suprema Corte de maioria conservadora decidir nesta semana que vitória de Joe Biden foi legal

Apoiadores de Donald Trump se manifestam em Washington: o presidente sobrevoou o ato de helicóptero (AFP/AFP)

Apoiadores de Donald Trump se manifestam em Washington: o presidente sobrevoou o ato de helicóptero (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 12 de dezembro de 2020 às 21h37.

Mais de um mês após a eleição de Joe Biden, uma multidão usando bonés vermelhos com a inscrição "Make America Great Again" invadiu a capital dos Estados Unidos neste sábado para exigir "mais quatro anos" de mandato para Donald Trump, denunciando novamente uma "fraude maciça" nas eleições presidenciais.

Apesar de uma derrota final e decisiva na véspera na Suprema Corte, milhares de apoiadores de Trump foram às ruas para mostrar que estão convencidos da vitória republicana nas eleições de novembro.

Em uma atmosfera festiva, vários milhares deles se reuniram na Freedom Plaza, não muito longe da Casa Branca. “Não vamos ceder”, promete Luke Wilson, um senhor de 60 anos de Idaho, agitando uma bandeira defendendo o direito ao porte de armas.

Uma "interferência estrangeira", um software eleitoral que teria apagado milhões de votos destinados ao presidente: esses e outros motivos são citados pelos manifestantes para explicar o "roubo" que teria sofrido o magnata republicano nas urnas.

“O povo americano é vítima de uma grande injustiça”, garante à AFP Dell Quick, um participante regular dos atos em favor do presidente em fim de mandato, para quem a eleição de Biden parece “completamente impossível”.

"Trump 2024"

Por falta de evidências tangíveis para apoiar as alegações de fraude eleitoral, os cerca de cinquenta recursos apresentados pelos aliados de Trump nos Estados Unidos foram rejeitados pelos tribunais ou abandonados, com apenas uma exceção.

Todos os estados certificaram formalmente seus resultados, atribuindo a vitória a Biden, e o Colégio Eleitoral validará na segunda-feira o triunfo do democrata, que tomará posse no dia 20 de janeiro.

Darlene Denton usa um emblema "Trump 2024" em seu moletom. “Ninguém quer ver as evidências”, disse esta mulher de 47 anos que veio do Tennessee para expressar seu amor por um líder que teria dado “voz” ao povo americano.

O próprio presidente ainda se recusa a admitir a derrota. "Uau! Milhares de pessoas estão se reunindo em Washington para evitar que nossas eleições sejam roubadas", comemorou Trump no Twitter neste sábado, antes de seu helicóptero sobrevoar a multidão que cantava o hino americano.

Entre os manifestantes, membros da milícia de extrema direita "Proud Boys", reconhecidos pelas roupas amarelas e pretas e pelo uso de coletes à prova de balas, foram aclamados pela multidão.

"Nazistas fora!", gritaram militantes do movimento Black Lives Matter reunidos a algumas ruas de distância.

Vários comícios anti-Trump com pouca participação foram organizados na capital, um deles no Black Lives Matter Plaza, perto da Casa Branca, onde milhares de pessoas se reuniram no início de novembro para celebrar o triunfo de Biden.

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