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Milei é escolhido Economista do Ano pela Ordem dos Economistas do Brasil

Presidente argentino divulgou foto com representantes da entidade brasileira que foram informar a escolha: 'não poderia ser mais acertada'

Membros da OEB estiveram em Buenos Aires nesta terça-feira para entregar a premiação ao presidente da Argentina (Reprodução/@Oficina del Presidente)

Membros da OEB estiveram em Buenos Aires nesta terça-feira para entregar a premiação ao presidente da Argentina (Reprodução/@Oficina del Presidente)

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 20h13.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2025 às 20h21.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, divulgou em suas redes sociais que foi laureado como Economista do Ano pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). Ele publicou uma foto da reunião que teve nesta terça-feira, 25, para receber integrantes da entidade brasileira em Buenos Aires. No encontro, entregaram uma carta informando a premiação ao ultraliberal argentino.

"Sua visão estratégica e seu compromisso com a estabilidade econômica têm sido fundamentais para guiar o país em momentos de incerteza e volatilidade dos mercados", diz o texto, que ecoa elogios de parte dos economistas à estratégia de ajuste fiscal implementada por Milei.

De acordo com o governo, estavam presentes o presidente da Ordem, o professor da Faculdade de Economia (FEA) da USP Manuel Enríquez García; o vice-presidente, Luis Carlos Barnabé, o coordenador local na Argentina, Iván Slepoy, e outros três membros honorários do grupo.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, por telefone, García justificou a escolha dizendo que "Nossa tradição é a de, sem nenhuma ideologia, premiar economistas que ganham destaque por sua contribuição em postos do governo e à sociedade." Ele menciona o que chama de "efeitos positivos, principalmente entre as camadas dos mais pobres," da gestão ultraliberal.

Na última edição, o premiado pela OEB foi o então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O prêmio é concedido anualmente desde 1957. Já foram premiados os economistas Felipe Salto, ex-diretor-geral da Instituição Financeira Independente (IFI), ex-secretário de Fazenda de São Paulo e atual economista-chefe da Warren; Silvia Ramos, pesquisadora da FGV; e Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do IBGE e do BNDES.

Economia argentina

Apesar da desaceleração recente da inflação, a Argentina segue com índices de preços altos e níveis de pobreza preocupantes - isso enquanto mantém o peso artificialmente valorizado sob um câmbio controlado.

A atividade econômica na Argentina acumulou uma queda de 1,8% em 2024, ante uma contração de 1,6% em 2023, informaram fontes oficiais nesta terça-feira.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que servem como estimativa para medir a variação trimestral do Produto Interno Bruto (PIB), a atividade econômica registrou recuperação de 5,5% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2023, alcançando assim dois meses consecutivos de altas em termos interanuais.

*Com O Globo e EFE. 

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