Javier Milei, presidente eleito da Argentina (Tomas Cuesta/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 16h09.
Última atualização em 17 de janeiro de 2024 às 16h30.
Em apresentação no principal salão do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o presidente da Argentina, Javier Milei, encontrou uma plateia pouco empolgada - os aplausos vinham dos ocupantes das cadeiras onde sua equipe estava concentrada.
Questionado sobre como será sua relação com o Brasil, ao fim de sua apresentação, Milei disse que “vai manter um uma relação adulta”.
Por “relação adulta”, Milei explicou que quer manter as relações comerciais e trabalhar junto com Brasil para entrarem na OCDE.
Em sua estreia internacional como presidente da Argentina, Milei afirmou que "o Ocidente está em perigo", argumentando que os valores estão "cooptados com uma visão de mundo que inexoravelmente leva ao socialismo". Ele apresentou suas ideias contra o que chama de "casta política" que quer "manter seus privilégios".
Disse também que "o feminismo radical não contribuiu em nada para a sociedade", pois resultou na "intervenção do Estado para dificultar o processo econômico e dar trabalho aos burocratas", e criticou a "tragédia do aborto".
Milei era aguardado com curiosidade em Davos após lançar por decreto uma série de medidas ultraliberais em uma Argentina atormentada pela inflação, depois de assumir o mandato há pouco mais de um mês.