O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira, 10, pacotes de reformas que preveem aumento de 7,2% nas aposentadorias e a prorrogação de uma moratória para aposentadorias, que permite que cidadãos se aposentem sem cumprir todos os anos de contribuição exigidos pela lei.
A medida gerou controvérsias no país e levou o presidente Javier Milei a chamar sua vice, Victoria Villarruel, de "traidora". "Fizemos 2.500 reformas estruturais. Não só tivemos um programa de estabilização mais bem-sucedido que a convertibilidade, como também fizemos 25 vezes mais reformas com apenas 15% da Câmara dos Deputados, sete senadores e uma traidora [Victoria Villarruel]", disse o presidente argentino durante discurso sobre os projetos, segundo o jornal La Nación.
O episódio gerou reações em todo o país, principalmente porque Villarruel, que também ocupa o cargo de presidente do Senado, estava presente durante a votação das medidas. Em um governo que já enfrenta desafios fiscais, a aprovação das reformas gerou críticas por parte de Milei, que vê as iniciativas como comprometedores para o equilíbrio fiscal do país.
Vetos e possíveis consequências jurídicas
Milei já se posicionou contra as reformas e afirmou que vetará os pacotes aprovados. “E, se por acaso o veto cair, o que não acredito que vai acontecer, vamos judicializar. Mesmo que a Justiça fosse surpreendentemente rápida, o dano seria mínimo. Uma simples mancha que reverteremos em dois meses”, garantiu o presidente.
De acordo com as novas medidas, além do aumento nas aposentadorias, o governo também busca ampliar a possibilidade de aposentadoria para pessoas que não cumpriram todos os anos de contribuição.
Mensagem à vice-presidente
Enquanto os senadores discutiam a validade da sessão, a ministra da Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich, postou uma mensagem nas redes sociais para exigir que Villarruel deixasse o plenário.
"Levante-se, Senhora Vice-Presidente. Não difame a instituição que preside. Não seja cúmplice do kirchnerismo destrutivo. Pelo menos permaneça ao lado das pessoas que votaram em você para mudar este país. Não apoie a corporação política mais abjeta da história", disse Bullrich.
Villarruel, que fez parte da chapa presidencial liderada por Milei e venceu as eleições presidenciais de 2023, mantém uma relação distante com o chefe de Estado e seu gabinete desde o ano passado.
Divergências políticas entre Milei e Villarruel
As tensões entre Milei e Villarruel não são novidades. Em novembro de 2024, o presidente já havia afirmado que a vice-presidente não participava da tomada de decisões em seu governo, acusando-a de estar mais alinhada com o que ele chama de “círculo vermelho” da política argentina.
Villarruel, que vem de uma família com forte tradição militar, tem se distanciado publicamente das políticas e visões de Milei, em especial em relação ao período da ditadura militar na Argentina, que aconteceu entre 1976 e 1983. A vice-presidente defende a ditadura como uma “guerra” contra o comunismo, tese contestada por historiadores do país e por grupos de direitos humanos.
*Com EFE.
-
1/5
Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo Governo de Javier Milei
(Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo Governo de Javier Milei)
-
2/5
Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei
(Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
-
3/5
Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei
(Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
-
4/5
Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei.
(Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
-
5/5
Membros da Asociación Trabajadores del Estado (ATE), participaram de uma briga, neste dia, em Buenos Aires (Argentina). Funcionários públicos da Argentina iniciaram uma jornada de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério de Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, despidos e políticas de recrutamento levantadas ao chefe do Governo de Javier Milei.
(Membros da Asociación Trabajadores del Estado (ATE), participaram de uma briga, neste dia, em Buenos Aires (Argentina). Funcionários públicos da Argentina iniciaram uma jornada de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério de Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, despidos e políticas de recrutamento levantadas ao chefe do Governo de Javier Milei)