Mundo

Milei agradece ao Brasil por assumir custódia da embaixada argentina na Venezuela

Depois que governo argentino rompeu com Maduro, governo brasileiro segue a Convenção de Viena ao assumir responsabilidade

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 10h16.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 10h42.

Tudo sobreArgentina
Saiba mais

O presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu "enormemente" ao Brasil por ter assumido a custódia das instalações da embaixada argentina na Venezuela, uma vez que seus diplomatas foram obrigados a deixar o país pelo governo presidido por Nicolás Maduro.

Em mensagem publicada em sua conta na rede social X, o político ultraliberal destacou os "laços de amizade" entre Argentina e Brasil, que "são muito fortes e históricos", e expressou sua convicção de que "em breve" reabrirá sua embaixada "em uma Venezuela livre e democrática".

Rompimento diplomático com Venezuela

O governo de Maduro exigiu na segunda-feira que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai "retirem imediatamente seus representantes no território venezuelano", em repúdio às suas "ações e declarações interferentes" em relação às eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, nas quais, de acordo com os resultados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente foi reeleito.

O presidente argentino foi um dos chefes de Estado mais duros em suas acusações de suposta fraude ao governo de Maduro. 

Antes de fazer tais declarações contra o atual governante da Venezuela, o governo argentino estava responsável por seis aliados de Maria Corina Machado que estavam abrigados na embaixada do país em Caracas.

Agora, com o atual contexto, o Brasil segue o que está estipulado na Convensão de Viena e passa a ser um terceiro Estado entre Venezuela e Argentina. Entenda:

Em seu artigo 45, a convenção afirma que, "em caso de ruptura das relações diplomáticas entre dois Estados, ou se uma missão é retirada definitiva ou temporariamente:

a) O Estado acreditador está obrigado a respeitar e a proteger, mesmo em caso de conflito armado, os locais da missão, bem como os seus bens e arquivos;

b) O Estado acreditante poderá confiar a guarda dos locais da missão, bem como dos seus bens e arquivos, a um terceiro Estado aceite pelo Estado acreditador;

c) O Estado acreditante poderá confiar a proteção de seus interesses e os dos seus nacionais a um terceiro Estado aceite pelo Estado acreditador.

Acompanhe tudo sobre:Javier MileiArgentinaBrasilDiplomaciaVenezuela

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar