Roma: o governo terá uma reunião, amanhã, entre o ministro de Meio Ambiente, os presidentes das regiões e os prefeitos das grandes cidades (anyaberkut/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 08h40.
Roma - Várias cidades italianas mantiveram nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, medidas de proibição ou limitação do tráfego para reduzir os elevados níveis de poluição, que afetam especialmente o norte do país.
Milão, a capital econômica da Itália, começou hoje seu segundo dia sem automóveis depois de os limites de concentração de alguns poluentes terem ultrapassado largamente os valores estabelecidos pela legislação da União Europeia (UE).
A capital lombarda manterá a proibição absoluta do trânsito até quarta-feira, enquanto em Roma a circulação hoje é permitida só para os veículos de placa ímpar, e em outras cidades, como Florença, o acesso à região central estã proibido.
A medida de bloqueio total em Milão permanecerá em vigor, como na segunda-feira, das 10h (7h em Brasília) até as 16h (13h) e não afetará o serviço de táxi, de carros compartilhados, os veículos elétricos e ambulâncias e outros serviços básicos.
Os veículos do transporte público não poderão, no entanto, passar dos 30 km/h, para controlar suas emissões.
Ontem, primeiro dia em que vigorou a restrição em Milão, foram emitidas 300 multas aos que conduziram veículos apesar da proibição, e aumentaram as críticas das autoridades locais pela forma de aplicação da medida.
Por esta razão o governo manteve a convocação de uma reunião, amanhã, entre o ministro de Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, e os presidentes das regiões e os prefeitos das grandes cidades para coordenar melhor as medidas.
Em Roma a limitação do trânsito começou hoje às 7h30, até as 12h30, e entre 16h30 e 20h30.
As autoridades permitiram ontem a emissão de um bilhete de transporte público válido durante todo o dia a um custo de 1,5 euro (R$ 6), medida que também vale hoje.
No entanto, em uma cidade como Roma, em que é um costume muito generalizado utilizar o transporte público sem pagar, a imprensa afirmou que a medida foi amplamente ignorada por muitos usuários e que a frequência do serviço de metrô e de ônibus não foi ampliada, como havia sido anunciado.
Os dados de concentração de partículas poluentes no ar das zonas afetadas pelas limitações ao trânsito mostraram, no entanto, poucas variações em relação aos dias anteriores, e a atenção está agora na próxima mudança das condições meteorológicas, já que a previsão para o início do ano é de uma frente de chuvas.