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Mil menores de idade foram recrutados como soldados no Iêmen em 2018

Grupos de combatentes pró-Emirados e forças leais ao presidente do Iêmen são responsáveis pelo recrutamento de jovens

Iêmen: o conflito no país provocou a mais grave crise humanitária do mundo (AFP/AFP)

Iêmen: o conflito no país provocou a mais grave crise humanitária do mundo (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 16 de julho de 2019 às 11h23.

Mais de 1.100 menores de idade foram recrutados no Iêmen, em sua maioria pela milícia xiita huthi, denunciou a ONG iemenita Mwatana for Human Rights em um relatório apresentado nesta terça-feira em Paris.

A organização documentou pelo menos "1.117 casos de crianças recrutados ou utilizados com fins militares em 2018", sendo 72% por parte do grupo armado Ansar Alah (huthis), incluindo meninas.

Mas todos os grupos de combatentes são responsáveis por estes abusos, contrários ao direito internacional, segundo a ONG, que afirma que 17% dos casos são executados por forças pró-Emirados e 11% por forças leais ao presidente iemenita.

Esta é a primeira vez que a Mwatana, una organização muito respeitada, documenta casos de recrutamento de menores neste conflito, iniciado em 2014 e que desde 2015 provocou a mais grave crise humanitária do mundo, segundo a ONU, e deixou dezenas de milhares de mortos.

As crianças são utilizadas "por todas as partes do conflito para combater, vigiar pontos de controle, aportar uma ajuda logística nas operações militares".

A Mwatana cita vários casos precisos, incluindo os de 16 jovens, "todos com menos de 17 anos", treinados para combater em setembro de 2018 pelo grupo Ansar Alá (huthis) na zona de Hwarah (leste).

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