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Mike Pence, vice dos EUA, e a esposa Karen Pence são vacinados ao vivo

O vice-presidente americano e sua esposa se vacinaram contra o coronavírus em transmissão ao vivo. EUA esperam vacinar 20 milhões de pessoas até o fim do ano

Pence: vice americano já se vacinou contra a covid-19  (Cheriss May/Reuters)

Pence: vice americano já se vacinou contra a covid-19 (Cheriss May/Reuters)

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Carolina Riveira

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 11h15.

Última atualização em 18 de dezembro de 2020 às 12h15.

O vice-presidente americano, Mike Pence, foi vacinado contra o coronavírus na manhã desta sexta-feira, 18, em transmissão que foi exibida ao vivo nas redes sociais e nas redes de televisão americana. Sua esposa, Karen Pence, também voi vacinada.

A vacinação ocorreu na Casa Branca, e foi usada a vacina de Pfizer/BioNTech, a primeira aprovada nos Estados Unidos. O governo americano afirmou em nota que a vacinação foi transmitida com o objetivo de "promover a segurança e eficácia da vacina e desenvolver a confiança entre a população americana".

"Eu não senti nada. Parabéns", disse Pence após a aplicação. O vice-presidente americano, eleito na chapa do presidente Donald Trump em 2016, é o chefe da força-tarefa contra o coronavírus nos EUA. Ao longo da pandemia, Pence deu entrevistas dizendo que "não haveria uma segunda onda" de covid-19 no país e defendeu a reabertura do comércio mesmo com os casos em alta.

No Twitter, Pence escreveu nesta sexta-feira que ele e a esposa Karen estão "honrados em se apresentar e receber uma vacina Segura e Eficaz contra o coronavírus" e que "esperam que seja uma fonte de confiança e conforto para a população americana".

Outras personalidades políticas americanas devem receber a vacina nos próximos dias, também como forma de incentivar a vacinação em massa por parte da população.

O presidente eleito, Joe Biden, deve ser um dos nomes a ser vacinados. Ex-presidentes como os democratas Barack Obama e Bill Clinton e o republicano George W. Bush também já afirmaram que estão dispostos a se vacinar diante das câmeras para aumentar a confiança da população.

Os EUA começaram a vacinar a população nesta semana com a vacina da americana Pfizer com a alemã BioNTech. Ontem, a vacina da também americana Moderna recebeu aval emergencial de um painel da FDA, reguladora americana. A expectativa é que a Moderna receba a aprovação final da FDA nos próximos dias ou até mesmo nesta sexta-feira.

As duas vacinas, de Pfizer e Moderna, usam RNA mensageiro, uma tecnologia nova na produção dos imunizantes. Com ambas aprovadas, os EUA esperam imunizar 20 milhões de pessoas até o fim do ano.

O presidente americano, Donald Trump, ainda não tomou a vacina e não esteve presente na cerimônia de hoje, segundo o jornal The New York Times. Não há informações, por ora, sobre uma data para que Trump tome o imunizante. Minutos antes do evento da vacinação de Pence, Trump fez postagem no Twitter sobre a Rússia.

O presidente não se manifestou necessariamente contra a vacinação, mas tem reclamado sobre o que classificou como a demora em aprovar a vacina. O desejo do presidente era que os imunizantes começassem a ser aplicados antes da eleição presidencial, em 3 de novembro. Quando as vacinas de Pfizer e Moderna mostraram resultados de eficácia, ainda em novembro, depois da eleição, o presidente questionou a demora no Twitter.

Agora, passado mais de um mês do pleito, Trump tem focado os comentários ainda nos resultados da eleição, que ele questiona.

Os EUA são o país com maior número de casos e mortes por covid-19 no mundo, e vem sofrendo uma segunda onda forte da doença. O país teve nesta quinta-feira mais de 3.000 mortes pelo coronavírus pelo terceiro dia seguido.

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