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Mike Johnson é eleito novo presidente da Câmara dos EUA

Casa estava sem líder desde 3 de outubro, com a destituição de Kevin McCarthy

Inscrições começam no dia 3 de novembro (Alex Wong/AFP/Getty Images)

Inscrições começam no dia 3 de novembro (Alex Wong/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 15h06.

Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 15h30.

O deputado republicano Mike Johnson, de Louisiana, foi escolhido como novo presidente da Câmara de Deputados dos EUA, após um vácuo de três semanas sem um líder na Casa, desde a destituição de Kevin McCarthy em 3 de outubro. Johnson venceu por 220 votos, contra 209 do candidato democrata Hakeem Jeffries.

Após desavenças internas do Partido Republicano, que rejeitou três nomes para concorrer à função nas últimas duas semanas, Johnson recebeu apoio unânime de seus correligionários, incluindo da ala mais radical do partido (que insistentemente bloquearam votações e foram responsáveis pela moção que levou à deposição do líder anterior). Ele também recebeu o apoio do ex-presidente Donald Trump, que se manifestou na manhã desta quarta-feira em suas redes sociais: "Minha forte sugestão é ir com o candidato principal, Mike Johnson, e fazer isso logo!".

A Câmara está paralisada desde a destituição de McCarthy, alvo de uma rebelião de partidários do ex-presidente, liderada pelo deputado Matt Gaetz, da Flórida. E tudo isso em um cenário de grande tensão interna: os congressistas têm até 17 de novembro para alcançar um acordo sobre um orçamento para evitar a paralisação parcial da administração federal dos EUA, o que obrigaria centenas de milhares de trabalhadores a permanecerem temporariamente em casa sem direito a salário.

Johnson, 51 anos, é advogado e está em seu quarto mandato na Câmara. Ele serviu na equipe de defesa do impeachment de Trump, desempenhou um papel de liderança no recrutamento de republicanos da Câmara para assinar um documento legal apoiando um processo que buscava anular os resultados das eleições de 2020 e foi o arquiteto da tentativa de Trump de se opor à certificação deles no Congresso em 6 de janeiro de 2021.

Cristão evangélico, ele se opõe profundamente ao direito ao aborto. No ano passado, patrocinou uma legislação que proibiria efetivamente a discussão sobre orientação sexual ou identidade de gênero em qualquer instituição que atendesse crianças com menos de 10 anos e que recebesse fundos federais. (Com New York Times.)

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