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Migrantes LGBTs, primeiros da caravana, chegam à fronteira dos EUA

Grupo concordou em se separar da caravana para chegar antes de seus companheiros, pois, ao longo do percurso, sofreram discriminação

Imigração: grupo de pessoas da comunidade LGBT chegou à cidade fronteiriça de Tijuana (Go Nakamura/Reuters)

Imigração: grupo de pessoas da comunidade LGBT chegou à cidade fronteiriça de Tijuana (Go Nakamura/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 09h18.

Última atualização em 12 de novembro de 2018 às 09h19.

Cidade do México - Um grupo de pessoas da comunidade LGBT que se separou da caravana de migrantes centro-americanos que nestes dias percorre o México chegou à cidade fronteiriça de Tijuana, onde pedirão asilo aos Estados Unidos.

Estes 85 migrantes, que viajaram de ônibus, são os primeiros integrantes da caravana a alcançar a fronteira com os Estados Unidos, e chegaram à cidade depois de passar por San Luis Río Colorado (Sonora) e Mexicali (Baixa Califórnia).

Eles se instalaram na região de Playas de Tijuana, e nos próximos dias pensam em pedir asilo em El Chaparral.

"Viemos com a caravana, a caravana ainda continua; o que acontece é que nós queremos evitar que sempre que chegamos ao final (de uma etapa do caminho) a comunidade LGBT é a última a ser levada em conta, em tudo", relatou a um grupo de jornalistas o hondurenho César Mejía.

Eles concordaram em se separar da caravana para chegar antes de seus companheiros e "serem levados em conta", porque ao longo do percurso, que começou no dia 13 de outubro em San Pedro Sula (norte de Honduras) sofreram discriminação.

"Violência física não houve, mas verbal, bastante, como já é de costume em nosso país", explicou Mejía.

Embora no início tenha se mostrado reticente em revelar com que fundos pagaram os ônibus que os levaram à fronteira, uma disputa com os moradores da região levou o hondurenho a reconhecer que os veículos foram pagos com recursos privados.

"São os representantes legais que pagaram, advogados americanos", afirmou o hondurenho.

Os demais integrantes da caravana permanecem muito mais atrasados e ainda lhes faltam vários dias até chegar a Tijuana, ponto que escolheram como destino, porque o caminho é considerado como o mais seguro dentro das rotas migratórias.

O grupo maior da caravana, de mais de 4.000 pessoas, descansa neste domingo na cidade de Irapuato, estado de Guan Ajuato, enquanto outro grupo de migrantes, mais adiantado, avançou até Tepic, capital do estado de Nayari (oeste do país).

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