O presidente de Mianmar, Thein Sein (Nicolas Asfouri/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 20h35.
Yangon - Mianmar se comprometeu nesta terça-feira a soltar milhares de prisioneiros, anunciando a medida pouco mais de um mês antes de sediar uma cúpula do leste asiático à qual o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes mundiais devem comparecer.
Os EUA, que vêm apoiando reformas em Mianmar, saudaram o gesto, mas exortaram a libertação dos prisioneiros políticos remanescentes, aparentemente não incluídos na lista de 3.073 detentos perdoados.
O presidente de Mianmar, Thein Sein, decretou o perdão em nome “da paz e da estabilidade” e “do império da lei”, informou o governo no site do Ministério da Informação.
O governo não identificou os prisioneiros, mas acredita-se que virtualmente todos foram encarcerados por crimes comuns, não por atividades políticas.
A organização não-governamental Assistance Association for Political Prisoners (Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos) disse que a anistia não incluiu nenhum preso político, e que cerca de 75 por cento deles continuam detidos.
O Departamento de Estado norte-americano declarou ainda não ter detalhes de todos os que foram libertados, mas sua porta-voz, Jen Psaki, estimou que entre 30 e 40 prisioneiros políticos permanecem na prisão.
Ela disse que o governo de Mianmar já soltou cerca de 1.300 presos políticos desde que adotou o caminho das reformas políticas em 2011. (Por Aung Hla Tun e Jared Ferrie, com reportagem adicional de David Brunnstrom)