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Mia Farrow lidera campanha contra presença do Sudão na ONU

A atriz visitou o continente africano em diversas ocasiões para chamar a atenção sobre a situação da população de Darfur

A atriz Mia Farrow: a organização da iniciativa informou nesta quinta-feira que a imagem de Mia será usada em uma campanha para pedir a rejeição da candidatura do país (David Shankbone/ Wikimedia Commons)

A atriz Mia Farrow: a organização da iniciativa informou nesta quinta-feira que a imagem de Mia será usada em uma campanha para pedir a rejeição da candidatura do país (David Shankbone/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 14h41.

Genebra - A atriz americana Mia Farrow será líder do movimento "Stop Sudão", uma campanha internacional que tem como finalidade impedir a candidatura deste país ao Conselho de Direitos Humanos da ONU a partir de 2013.

A organização da iniciativa, formada por 30 ONG"s, informou nesta quinta-feira que a imagem de Mia será usada em uma campanha legal e diplomática para pedir que a ONU rejeite a candidatura do país.

A atriz visitou o continente africano em diversas ocasiões para chamar a atenção sobre a situação da população de Darfur, vítima de crimes contra a humanidade e de guerra cometidos pelo governo sudanês do presidente Omar Al Bashir. Além disso, recentemente denunciou os intensos bombardeios na região.

Em carta apresentada nas Nações Unidas, as ONG"s argumentaram que o Sudão não pode fazer parte do Conselho de Direitos Humanos porque seu governo está sendo acusado pelo Tribunal Penal Internacional por genocídio contra a população de Darfur.

Hillel Neuer, diretor-executivo da UN Watch, uma das organizações que fazem parte do movimento, declarou em comunicado que "escolher o Sudão para fazer parte do órgão de direitos humanos da ONU é como colocar "Jack, o Estripador" à frente de abrigos para mulheres".

"Estou preocupado porque enquanto a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e muitos outros diplomatas ocidentais falaram alto e claro contra a candidatura da Síria no ano passado, até agora não foi vista nenhuma reação à candidatura do Sudão", declarou.

O grupo enviou uma carta aos 193 Estados-membros da ONU, na qual lembrou que para fazer parte do Conselho é preciso "demonstrar e manter os padrões mais elevados na promoção e proteção dos direitos humanos". 

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