Cláudia Sheinbaum rejeita as tarifas dos EUA sobre países que compram petróleo da Venezuela (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 26 de março de 2025 às 16h09.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou nesta quarta-feira as tarifas alfandegárias de 25% anunciadas por Donald Trump para os países que comprarem petróleo da Venezuela.
Sheinbaum criticou as novas represálias anunciadas por Trump na segunda-feira (24), que entrariam em vigor em 2 de abril. As tarifas de 25% atingiriam vários países, incluindo o México, que é parceiro comercial dos EUA no acordo T-MEC.
— "Não estamos de acordo com a adoção de sanções econômicas aos países. Isto é um princípio da política externa mexicana," afirmou a presidente durante sua coletiva matinal.
Ela também destacou que essas medidas não afetam apenas governos ou indivíduos, mas "um povo inteiro", e lembrou que o México sempre se posicionou contra o embargo econômico dos EUA contra Cuba.
Entre os maiores importadores de petróleo venezuelano estão China, Índia, Espanha e até os próprios Estados Unidos. A Venezuela, que enfrenta sanções americanas há vários anos, também foi alvo de uma nova rodada de sanções em janeiro, com aumento na recompensa por informações que ajudem a prender o presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes.
Na segunda-feira, Trump acusou a Venezuela de enviar aos Estados Unidos "de forma deliberada e enganosa dezenas de milhares de delinquentes de alto perfil". O presidente americano também ameaçou o México e o Canadá com tarifas de 25%, acusando os dois países de não fazerem o suficiente para impedir a entrada de migrantes irregulares e fentanil nos EUA.
Em março, Trump concordou em adiar a imposição das tarifas até o dia 2 de abril, após uma conversa com Sheinbaum. A presidente do México segue firme em sua posição contra as medidas impostas pelos EUA.