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México quer excluídos da COP-15 na discussão do clima

País sediará cúpula da ONU sobre o assunto e tenta incluir países em desenvolvimento que foram excluídos das negociações anteriores

México quer os países excluídos da conferência na Dinamarca estajam preseentes na Cúpula Climática da ONU (AFP/Attila Kisbenedek)

México quer os países excluídos da conferência na Dinamarca estajam preseentes na Cúpula Climática da ONU (AFP/Attila Kisbenedek)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Estocolmo - O México está trabalhando para incluir países que se sentiram excluídos das negociações sobre o clima de Copenhague, em dezembro passado, nas conversações, no fim deste ano, na Cúpula Climática da ONU em Cancún, informou uma fonte diplomática nesta quinta-feira.

"Alguns países em desenvolvimento se sentiram excluídos" das negociações de Copenhague, em dezembro passado, inclusive alguns países da Ásia e da América Latina, disse o embaixador mexicano do clima, Luis Alfonso de Alba, a jornalistas, em Estocolmo.

"Isto explica porque desde o começo do ano nos debruçamos sobre estas inquietações", afirmou.

"Damos atenção particular àqueles países que sentiram que seus pontos de vista não foram levados em conta significativamente", acrescentou.

O balneário mexicano sediará as negociações climáticas da ONU de 29 de novembro a 10 de dezembro, com vistas a construir um acordo vinculante sobre as emissões de gases estufa para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em dezembro de 2012.

"Temos uma compreensão muito clara de que este é um processo que precisa do envolvimento de todos, não apenas dos grandes emissores (de gases estufa)", disse De Alba.

"É assim que trabalham as Nações Unidas para construir um nível geral de entendimento", emendou o diplomata veterano, ex-embaixador mexicano na ONU e primeiro presidente do Conselho de Direitos Humanos da organização.

Na COP-15, em Copenhague, foi produzido um acordo para limitar a elevação da temperatura mundial a 2 graus Celsius, que só foi fechado no apagar das luzes da conferência dinamarquesa por um punhado de nações ricas e grandes países em desenvolvimento.

No entanto, muitos países pequenos, frustrados por terem sido deixados de lado, se recusaram a assiná-lo.

Da Alba citou entre os países que se sentiram excluídos na COP-15 Indonésia, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul, Paquistão, nações do Golfo, Nicarágua, Equador, Bolívia, Chile, Peru e Colômbia.

Com vistas à cúpula de Cancún, disse o diplomata, o México espera estabelecer uma parceria com países africanos, organizando encontros no continente negro.

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