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Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 20h15.
Cidade do México - O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, divulgou nesta sexta-feira a formação de seu primeiro gabinete, integrado por políticos independentes ligados à esquerda, além de contar com membros de seu partido, o PRI, que volta ao poder após 12 anos na oposição.
A composição do gabinete foi anunciada à imprensa por Miguel Ángel Osorio Chong, um dos homens de confiança de Peña Nieto e que será novo secretário de Governo (Interior).
Entre os membros independentes que foram nomeados, dois são próximos à esquerda: Manuel Mondragón, até agora chefe da polícia da capital, e Rosario Robles, ex-prefeita da capital e ex-líder nacional do Partido da Revolução Democrática (PRD, esquerda).
Mondragón foi nomeado para chefiar a secretaria de Segurança, cujo desaparecimento proposto por Peña Nieto ainda deve ser ratificado pelo legislativo. Se for aprovado, o político ficará como subsecretário de Planejamento e Proteção na Secretaria de Governo.
Rosario Robles ficou com a pasta de Segurança e Desenvolvimento Social.
Como ministro das Relações Exteriores foi escolhido José Antonio Meade, que desempenhava, até agora, a função de secretário da Fazenda do presidente Felipe Calderón.
Para substituí-lo foi nomeado Luis Videgaray, que foi coordenador da campanha da presidência de Peña Nieto, enquanto a pasta de Energia será ocupada por Pedro Joaquín, até então, presidente do Partido Revolucionário Institucional (PRI).
Como Procurador Geral, Peña Nieto submeterá à ratificação do Senado - como prevê a lei - a nomeação de Jesús Murillo Karam, considerado um dos homens que impulsionou a carreira política do novo presidente.
Nas Forças Armadas, o general Salvador Cienfuegos foi nomeado secretário de Defesa, enquanto o almirante Vidal Soberón será o chefe da Secretaria da Marinha Armada.
Além de Robles, outras duas mulheres integram o gabinete: Claudia Ruiz, secretária de Turismo, e Mercedes Juan López, da Saúde.
A poderosa petroleira estatal Pemex (Petróleo Méxicano), cujas atividades representam 40% das receitas do país, ficará nas mãos de Emilio Lozoya, outro homem próximo a Peña Nieto.
O próximo presidente do México, um advogado de 46 anos e que diz representar uma nova geração do PRI, que governou o México com mão de ferro entre 1929 e 2000, fará o juramento do cargo sábado de manhã, em uma cerimônia nas duas Câmaras do Congresso.