Mundo

México não sente efeitos da 'guerra de divisas' como Brasil

Segundo o secretário mexicano da Economia, economia do país é "muito mais aberta"

Desvalorização artificial do iene preocupa o México, mas não o afeta tão fortemente (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Desvalorização artificial do iene preocupa o México, mas não o afeta tão fortemente (Wikimedia Commons/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 13h18.

Londres - O secretário de Economia mexicano, Bruno Ferrari, disse nesta quarta-feira em Londres que seu Governo "acompanha de perto" a chamada guerra de divisas, mas ressaltou que a mesma não afeta o México assim como ao Brasil, dado que sua economia é "muito mais aberta".

Em declarações à Agência Efe antes de assistir esta noite a uma entrega de prêmios empresariais, Ferrari descartou possíveis ações conjuntas com o Brasil, país que ameaçou levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC) ao ter sido muito prejudicado pela desvalorização do iuane chinês.

"Para nós é muito importante e acompanhamos a questão de perto, mas, felizmente, não estamos nas mesmas circunstâncias que os demais países", afirmou o secretário, quem ressaltou que o México e suas exportações seguem sendo "atrativas".

"Nós levamos uma política de oscilação, não temos controle cambial, por isso não notamos como outros países o impacto (dessa guerra) explicou. Mas, efetivamente, temos de seguir controlando, principalmente agora que tivemos um crescimento tão destacado em exportação".

A desvalorização da moeda chinesa ou a americana representa, segundo alguns países, uma concorrência desleal já que favorece as exportações desses países, e foi classificada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, como uma "guerra de divisas" e "comercial".

Ferrari reconheceu que a desvalorização do iuane preocupa o México, e espera que "eventualmente este corrija", mas o Brasil nota mais porque tem "uma economia muito protegida".

"No México temos uma política de abertura muito grande", incidiu.

Esta mesma mensagem é o que Ferrari transmitirá aos empresários com os quais se reunirá no Reino Unido nas próximas horas, aos quais dará detalhes sobre a boa gestão da dívida e das finanças mexicanas e das medidas introduzidas em seu país para incentivar o investimento.

México quer atrair mais investimentos ao setor aeroespacial, de biotecnologia e informática, onde pode ter maior crescimento, enquanto outros setores, como o automotivo, estão mais desenvolvidos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCâmbioComércioComércio exteriorMéxico

Mais de Mundo

Menina de 14 anos morre após ser atacada por leão no Quênia

OMS alerta para efeitos dos cortes de fundos dos EUA em áreas de conflito

Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre violação da trégua de Páscoa

Exército israelense descarta 'execução' de socorristas palestinos em Gaza