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México envia 15 mil militares à fronteira com EUA para conter imigrantes

A medida faz parte de acordo com os americanos para frear a migração; secretário de Defesa Nacional informou que foram feitas detenções

Militares mexicanos: fronteira do país latino com EUA está com soldados que devem reduzir a migração (Jose Cabezas/Reuters)

Militares mexicanos: fronteira do país latino com EUA está com soldados que devem reduzir a migração (Jose Cabezas/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de junho de 2019 às 18h55.

O México posicionou 15.000 soldados e policiais em sua fronteira norte para cumprir com o compromisso assumido com o governo dos Estados Unidos para frear a migração, realizando inclusive detenções, informou nesta segunda-feira (24) o chefe do exército mexicano.

"Temos uma mobilização total entre a Guarda Nacional e as unidades do Exército de quase 15 mil homens no norte do país", afirmou o secretário de Defesa Nacional, Luis Cresentio Sandoval, durante a conferência matutina do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Indagado se, além de interceptar migrantes durante sua jornada pelo território mexicano, o exército e a Guarda Nacional - formada por policiais militares, navais e federais - também iriam prendê-los quando tentassem atravessar a fronteira com os Estados Unidos, respondeu positivamente.

Por outro lado, segundo ele, na fronteira sul - com a América Central - existem cerca de 6.500 uniformizados para impedir a passagem de milhares de migrantes, principalmente vindos da Guatemala, Honduras e El Salvador, que buscam chegar aos Estados Unidos fugindo da violência, pobreza e falta de oportunidades.

As autoridades mexicanas operam há anos para capturar migrantes no território, mas quase nunca na fronteira norte.

No final de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre as exportações mexicanas se esse país não restringisse o fluxo de imigrantes sem documentos.

Em 7 de junho, os dois países chegaram a um acordo para suspender a aplicação desses impostos, que foram fixados para o dia 10.

Os Estados Unidos concederam ao México um prazo de 45 dias para tomar medidas rígidas e depois mais 45 dias para avaliar os resultados.

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