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México vai indicar líder de seu BC para comando do FMI

Indicação vem na esteira da discussão sobre um representante de um país emergente ocupar o cargo que foi de Strauss-Kahn

Carstens foi subdiretor-gerente do FMI durante três anos. (Alex Wong/Getty Images)

Carstens foi subdiretor-gerente do FMI durante três anos. (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2011 às 15h50.

Cidade do México - O México irá propor o presidente de seu Banco Central, Agustín Carstens, para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), informou o Ministério das Finanças em comunicado no domingo.

O ministro da Fazenda do México, Ernesto Cordero, disse na quinta-feira que Carstens seria o melhor candidato para substituir Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo de diretor-gerente do FMI após ser preso acusado de agressão sexual contra uma camareira de um hotel em Nova York.

A prisão de Strauss-Kahn no sábado passado iniciou um debate sobre a tradição de 65 anos de que um europeu tem que liderar o FMI. Representantes de governos de alguns países emergentes têm afirmado que é momento do cargo ser ocupado por alguém do mundo em desenvolvimento.

Carstens foi subdiretor-gerente do FMI durante três anos antes de ingressar no governo do presidente mexicano, Felipe Calderón, como ministro da Fazenda em 2006. Ele assumiu a presidência do banco central do país em janeiro de 2010.

A ministra da Fazenda da França, Christine Lagarde, é considerada como atual favorita para substituir Strauss-Kahn na liderança do FMI. O Reino Unido apoiou a ministra francesa no sábado, convertendo-se no primeiro país do G7 a dar oficialmente apoio a Lagarde.

Qualquer aspirante sério ao cargo tem que agir com rapidez para conter o avanço de Lagarde. O México "muito possivelmente" anunciará a nomeação de Carstens dentro dos próximos dias, disse a fonte.

O governo de Calderón tem pedido publicamente que o próximo chefe do FMI não seja escolhido segundo sua nacionalidade.

Diplomatas da Ásia, Oriente Médio e África na sede central do FMI em Washington disseram na sexta-feira que os países de mercados emergentes estão buscando um candidato de consenso. Kemal Dervis, um ex-ministro turco da Economia, era considerado como um outro favorito ao posto.

Devido à saída repentina de Strauss-Kahn, a diretoria do FMI disse que o processo de substituição deverá ser completado antes de 30 de junho.

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