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México celebra conversa 'muito boa' com Trump e busca construir 'acordo de longo prazo'

Presidente americano havia ameaçado impor tarifas de 30% às exportações mexicanas a partir de 1º de agosto

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 31 de julho de 2025 às 15h40.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 15h58.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, comemorou nesta quinta-feira a conversa "muito boa" que teve com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, com a qual evitou o aumento de tarifas planejado para 1º de agosto e conseguiu um prazo de 90 dias a mais para "construir um acordo de longo prazo".

"Tivemos uma muito boa ligação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Evitamos o aumento de tarifas anunciado para amanhã [sexta-feira] e conseguimos 90 dias para construir um acordo de longo prazo a partir do diálogo", destacou a presidente mexicana em uma publicação em suas redes sociais.

O presidente americano havia ameaçado impor tarifas de 30% às exportações mexicanas a partir de 1º de agosto.

A governante mexicana detalhou que na ligação estavam presentes o secretário de Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente, o titular da Economia, Marcelo Ebrard, e o subsecretário para a América do Norte, Roberto Velasco.

Antes da publicação de Sheinbaum, Trump anunciou em sua rede social própria, a Truth Social, que, após a conversa telefônica, foi decidido que, pelo menos durante os próximos 90 dias, o México continuará pagando tarifas de 25% sobre o fentanil, 25% sobre os automóveis e 50% sobre produtos como aço, alumínio e cobre.

Além disso, assegurou que o México eliminará “imediatamente” suas numerosas barreiras comerciais não tarifárias.

Sheinbaum havia reconhecido em várias ocasiões que não existia um acordo firme a respeito das tarifas com os EUA e havia apelado ao diálogo binacional para evitar a imposição de impostos a produtos mexicanos.

Como parte de sua estratégia, o México propôs redirecionar parte de suas importações para os Estados Unidos, a fim de reduzir o déficit comercial bilateral.

Desde que Trump anunciou em 12 de julho uma tarifa de 30% a todos os produtos mexicanos importados, Sheinbaum tem confiado que um acordo comercial que beneficie ambas as nações, assim como seus cidadãos, será alcançado, ao mesmo tempo em que alertou para possíveis efeitos contrários, inclusive para a economia americana, como altas taxas de inflação.

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