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Exército mexicano controla 13 cidades por desaparecimentos

O governo do país, com auxílio do exército, assumiu controle de municípios como parte de ações para descobrir paradeiro de 43 estudantes desaparecidos há um mês


	Manifestantes na Cidade do México pedem justiça no caso dos estudantes desaparecidos
 (Omar Torres/AFP)

Manifestantes na Cidade do México pedem justiça no caso dos estudantes desaparecidos (Omar Torres/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 12h20.

Cidade do México - O governo mexicano assumiu o controle de 12 municípios do estado de Guerrero, no sul do país, e um no Estado do México, no centro, como parte das ações para descobrir o paradeiro dos 43 estudantes que estão desaparecidos há um mês devido a uma ação coordenada da polícia e do crime organizado.

A Procuradoria Geral da República (PGR) informou em entrevista coletiva realizada nas últimas horas que "a Polícia Federal, com o apoio do Exército mexicano, será a instituição encarregada pela segurança pública nessas regiões".

O Comissário Nacional de Segurança, Monte Alejandro Rubido, informou que "foram identificadas situações irregulares em algumas corporações municipais de segurança".

Por isso, "o governo da República assumirá as tarefas de segurança pública" nos municípios de Apaxtla de Castrejón, Arcelia, Buenavista de Cuéllar, Coyuca de Catalán, General Canuto A. Neri, Ixcateopan de Cuauhtémoc, Pilcaya, Pungarabato, San Miguel Totolapan, Taxco de Alarcón, Teloloapan e Tlapehuala, em Guerrero; e em Ixtapan de la Sal, no Estado do México.

Rubido acrescentou que "os integrantes das corporações de segurança dos 13 municípios citados serão transferidos à sexta região de Tlaxcala para passarem por um controle de confiança" e para determinar sua possível responsabilidade no caso.

"As armas" dos agentes foram confiscadas "para que suas licenças sejam revisadas" e "para sejam submetidas a testes de balística", acrescentou.

O representante da PGR informou que existe uma "orientação" do presidente Enrique Peña Nieto de "trabalhar permanentemente na localização dos 43 estudantes e para encontrar e prender todos os responsáveis" pelo incidente.

Os 43 estudantes, pertencentes à Escola Normal (para professores) Rural de Ayotzinapa, em Guerrero, desapareceram em Iguala no dia 26 de setembro, em uma noite de violência na qual também morreram seis pessoas e outras 25 ficaram feridas.

O prefeito de Iguala, José Luis Abarca, do Partido da Revolução Democrática (PRD), o mesmo do governador do estado de Guerrero, Ángel Aguirre, se encontra em paradeiro desconhecido desde então.

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