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México apresentará no G20 desafios sobre aquecimento

País será o anfitrião de cúpula sobre o clima no final do ano

Felipe Calderon, presidente do México, vai falar sobre os temas da COP 16 no G20 (Chip Somodevilla/Getty Images)

Felipe Calderon, presidente do México, vai falar sobre os temas da COP 16 no G20 (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 17h29.

Cidade do México - O presidente mexicano, Felipe Calderón, aproveitará a cúpula do G20, em Seul, para expor os desafios ainda pendentes para se avançar na conferência sobre mudanças climáticas (COP 16), que será celebrada este fim de ano, em Cancún (leste), anunciou seu gabinete nesta terça-feira.

A 20 dias do começo da conferência sobre mudanças climáticas, Calderón discursará na cúpula de líderes das maiores economias do mundo "sobre os avanços obtidos e os desafios pendentes" para a COP 16, disse a Presidência em um comunicado.

Em Seul, Calderón também se reunirá com empresários em um fórum paralelo sobre 'crescimento verde'.

Os esforços diplomáticos por fazer avançar o encontro de Cancún ficaram evidentes na semana passada, na Cidade do México, onde foi celebrada uma reunião preparatória com representantes de mais de 50 países.

Apesar disso, a delegada europeia encarregada do Clima, Connie Hedegaard, considerou após seu retorno a Bruxelas que as negociações poderiam fracassar definitivamente se a conferência da ONU não tiver algum resultado concreto.

Em seu giro pela Ásia, Calderón assistirá no Japão à XVIII reunião de presidentes da APEC, onde participará de uma sessão sobre energia e meio ambiente e insistirá nos resultados que o México busca para a COP 16, acrescentou o boletim.

O propósito original de Cancún era obter um acordo sobre um tratado que permitisse reduzir as emissões de gases de efeito estufa que será ratificado um ano depois na África do Sul, a tempo de substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

A chanceler mexicana Patricia Espinosa reconheceu que "não estão dadas as condições" para se adotar um novo protocolo, mas considera viável obter acordos de transparência nas questões de medição e verificação, bem como de análise internacional.

No ano passado, uma conferência celebrada em Copenhague terminou com a adoção de um texto não vinculante, negociado às pressas por 20 chefes de Estado, que propôs limitar a elevação da temperatura do planeta a dois graus Celsius, sem detalhar, no entanto, os meios para consegui-lo.

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