Um dos líderes das milícias de autodefesa mexicanas, Hipólito Mora (centro): grupos de autodefesas foram criados com a alegação de que precisavam proteger a região (Héctor Guerrero/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 08h52.
Morelia - Hipólito Mora, um dos líderes e fundadores dos grupos de autodefesa do estado mexicano de Michoacán, foi detido na terça-feira pelo assassinato de dois integrantes de uma facção de seu movimento.
Os grupos de autodefesas, verdadeiras milícias, foram criados em 2013 com a alegação de que precisavam proteger a região ante a indiferença do governo aos ataques dos narcotraficantes.
Mora, fundador do grupo de autodefesa de La Ruana, no município Buenavista, foi detido por sua "provável responsabilidade e participação" nos assassinatos de Rafael Sánchez Moreno, conhecido como "El Pollo", e José Luis Torres Castañeda, informou a procuradoria de Michoacán.
Sánchez e Torres eram integrantes de outra facção das milícias de Buenavista, liderada por Luis Antonio Torres "El Americano".
A detenção de Mora aconteceu um dia depois de um cerco de centenas de milicianos ligados a "El Americano" na localidade de La Ruana, com o objetivo de expulsar Mora.
La Ruana foi uma das primeiras comunidades de Michoacán a criar grupos de autodefesa para responder as extorsões, sequestros e assassinatos cometidos pelo cartel "Los Caballeros Templarios".
No domingo, o governo anunciou a morte de Nazario Moreno "El Chayo", um dos líderes dos "Caballeros", que chegou a ter o falecimento divulgado em 2010.
A captura de "Chayo" era uma das demandas dos grupos de autodefesas.