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Metade de Amatrice não existe mais, diz prefeito da cidade

Equipes de resgate ainda tentam resgatar centenas de pessoas presas nos escombros, uma vez que prédios desabaram quando os moradores estavam dormindo


	Escombros: os socorristas lutavam para chegar ao centro da cidade por causa dos escombros nas ruas
 (Emiliano Grillotti/Reuters)

Escombros: os socorristas lutavam para chegar ao centro da cidade por causa dos escombros nas ruas (Emiliano Grillotti/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 08h52.

Roma - O número de mortos no terremoto de magnitude 6,2 que atingiu as cidades centrais de Amatrice, Pescara del Tronto e Accumoli, na Itália, nesta quarta-feira, subiu para 38.

Segundo o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, "metade da cidade não existe mais", caracterizando o ocorrido como uma "tragédia".

Equipes de resgate ainda tentam resgatar centenas de pessoas presas nos escombros, uma vez que prédios desabaram quando os moradores estavam dormindo.

Os socorristas lutavam para chegar ao centro da cidade por causa dos escombros nas ruas. O tremor ocorreu às 3h36 (pelo horário local) e foi sentido na maior parte da região central do país, inclusive na capital, Roma.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estima que o terremoto teve magnitude 6,2 e que seu epicentro foi em Norcia, cerca de 170 quilômetros a nordeste de Roma.

Já o Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo calculou a magnitude do tremor em 6,1.

Immacolata Postiglione, chefe dos serviços de emergência da Agência de Proteção Civil da Itália, confirmou o número de mortos, dizendo a repórteres em Roma que "existem pessoas ainda sob os escombros, por isso temos medo de que esse número possa subir ainda mais".

Autoridades locais disseram que o número de feridos do terremoto é alto e dezenas de pessoas estão desaparecidas.

O chefe da Agência de Proteção Civil, Fabrizio Curcio, disse que a gravidade do mais recente terremoto é comparável ao que atingiu a região de Áquila em 2009, matando mais de 300 pessoas.

No entanto, as cidades envolvidas neste terremoto de quarta-feira são muito menores do que Áquila. A cidade de Accumoli tem cerca de 700 pessoas.

Trabalhadores humanitários estão levando comida e suprimentos básicos para as cidades mais atingidas. Moradores de Amatrice, uma pequena cidade de cerca de 2.600 pessoas, ficaram amontoados no centro da cidade, envolto em cobertores e aguardando notícias de sobreviventes.

Em uma entrevista, Guido Castelli, prefeito de Ascoli Piceno, disse que 10 pessoas foram confirmadas mortas em Pescara del Tronto e outras duas vítimas, incluindo uma jovem, em cidades menores nas proximidades.

Os esforços de resgate em Pescara del Tronto estão complicados, uma vez que pontes foram destruídas.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse em um tweet que o governo estava em contato com a Agência de Proteção Civil. O presidente italiano, Sergio Mattarella, estava retornando a Roma de Palermo para ajudar a supervisionar a operação de resgate.

Renzi afirmou que a prioridade para os próximos dias é resgatar os sobreviventes. Em breves palavras, o premiê agradeceu as equipes de resgate que têm cavado os escombros, alguns com as próprias mãos, para chegar a moradores esmagados por suas casas.

Ele anunciou que está a caminho das regiões afetadas.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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