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Met Opera demite diretor emérito por assédio sexual

Levine, de 74 anos e uma lenda no mundo da música clássica, dirigiu a Met Opera, a mais famosa dos Estados Unidos, durante quatro décadas

James Levine: em comunicado, a Met disse que pôs fim à sua relação com Levine (Koichi Miura/Metropolitan Opera/Reuters)

James Levine: em comunicado, a Met disse que pôs fim à sua relação com Levine (Koichi Miura/Metropolitan Opera/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de março de 2018 às 22h29.

Nova York - A Metropolitan Opera de Nova York anunciou nesta segunda-feira a demissão de seu regente e diretor musical emérito, James Levine, após uma investigação que encontrou "provas críveis" de assédio sexual ao longo da sua carreira.

Levine, de 74 anos e uma lenda no mundo da música clássica, dirigiu a Met Opera, a mais famosa dos Estados Unidos, durante quatro décadas e continuava vinculado à instituição nova-iorquina após deixar o posto.

Em comunicado, a Met disse que pôs fim à sua relação com Levine como consequência das "condutas sexuais abusivas e assediadoras" descobertas durante a investigação.

Segundo a ópera, entre as vítimas havia "artistas vulneráveis no início das suas carreiras", sobre quem Levine tinha autoridade.

"À luz destas descobertas, a Met conclui que seria inadequado e impossível que o senhor Levine continue trabalhando na Met", afirma a nota.

A investigação, de mais de três meses de duração, começou em dezembro do ano passado, depois que foram reveladas as denúncias contra o conhecido diretor.

Entre elas foi divulgado um relatório policial de 2016, no qual um homem alegava ter sido vítima de abusos sexuais por parte de Levine há três décadas, quando ele tinha 15 anos e o diretor, 41.

O homem, não identificado, procurou em outubro de 2016 a polícia de Lake Forest (Illinois) e detalhou que os abusos de Levine começaram em 1985, quando o levou para casa de carro e começou a pegar em sua mão "de uma forma incrivelmente sensual".

A suposta vítima indicou que os abusos, entre os quais teve que observar o diretor masturbar-se ou foi tocado de maneira sexual por ele, duraram até 1993 e disse que o homem lhe deu US$ 50.000 em dinheiro ao longo desse período.

Segundo a Met, na investigação foram entrevistadas de mais de 70 pessoas e foram encontradas "provas críveis" contra Levine.

Nesse sentido, a instituição assegurou que as "denúncias ou boatos" de que membros da direção da Met ou de sua junta diretora acobertaram as informações sobre a conduta de Levine estão totalmente sem corroboração.

A Met acrescentou ainda que trabalha para que seus funcionários e artistas tenham uma atmosfera segura e livre de assédios.

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