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Mesmo com ultimato da Liga Árabe, seis pessoas morrem pela repressão na Síria

Pelo menos três soldados desertores e um civil morreram em uma emboscada preparada pelas tropas de Assad na cidade de Kafr Sita, na província central de Hama

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 05h40.

Cairo - Pelo menos seis pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria pela repressão dos seguidores do presidente Bashar al Assad, apesar do fim do prazo dado pela Liga Árabe ao regime sírio para deter a violência.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos três soldados desertores e um civil morreram em uma emboscada preparada pelas tropas de Assad na cidade de Kafr Sita, na província central de Hama.

Em Zabadani, perto de Damasco, um prisioneiro de 41 anos morreu depois de ter sido posto em liberdade pelas forças de segurança, que atiraram assim que ele se encontrou com sua família, informaram os Comitês de Coordenação Local.

Já em Kafranabil, na província setentrional de Idleb, outra pessoa perdeu a vida por disparos indiscriminados dos corpos de segurança, afirmou a mesma organização opositora.

Por outro lado, o Observatório garantiu que dispõe de informações confirmadas que uma sede dos serviços de segurança foi atacada em Harasta, próxima à capital, mas não deu mais detalhes.

A expectativa é que hoje os ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe se reúnam em Rabat para determinar se entra em vigor a suspensão da participação Síria nesta organização, decidida no sábado passado em um encontro no Cairo.

Ontem, as autoridades sírias anunciaram a libertação de 1.180 pessoas detidas durante a revolta em cumprimento de uma das exigências da Liga Árabe, mas o regime de Damasco não respondeu outros pedidos como a retirada das forças de segurança das ruas.

A repressão na Síria causou mais de 3.500 mortes desde o começo das revoltas em meados do último mês março, segundo dados divulgados pela ONU.

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