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Merkel saúda progressos e quer "que Grécia fique no euro"

A chanceler alemã recorreu à sua experiência na transição na Europa Oriental para manifestar sua compreensão em relação aos gregos


	A chanceler alemã, Angela Merkel: "sei muito bem, como venho dos países orientais, que as reformas levarão bastante tempo"
 (Thanassis Stavrakis/AFP)

A chanceler alemã, Angela Merkel: "sei muito bem, como venho dos países orientais, que as reformas levarão bastante tempo" (Thanassis Stavrakis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 12h47.

Atenas - A chanceler alemã, Angela Merkel, saudou nesta terça-feira em Atenas os "esforços" feitos e os "progressos" alcançados na Grécia e desejou que o país, em graves dificuldades financeiras, econômicas e sociais, "permaneça no euro".

"Quero que a Grécia permaneça no euro", declarou a chanceler em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.

"Nossas negociações mostram claramente que há neste momento progressos todos os dias", acrescentou, declarando-se "convencida de que o difícil esforço vale a pena".

"Conquistou muito. Ainda há muito a ser feito, e a Alemanha e a Grécia trabalharão juntas estreitamente", mas "se não resolvermos os problemas agora, eles se manifestarão mais tarde de modo ainda mais grave", advertiu a chanceler.

Merkel recorreu a sua experiência na transição na Europa Oriental para manifestar sua compreensão em relação aos gregos: "sei muito bem, como venho dos países orientais, que as reformas levarão bastante tempo", disse.

Por sua vez, o primeiro-ministro Samaras indicou que assegurou que a Grécia está "determinada a cumprir com seus compromissos" tanto de ajuste fiscal quanto de reformas estruturais.

"Ressaltei à chanceler que o povo grego sangra, mas está determinado a permanecer no euro", acrescentou Samaras.

Alemanha e Grécia também indicaram que trabalham sobre temas de desenvolvimento bilaterais em matéria "de melhorias do sistema de saúde" e de "modernização da administração regional".

Cerca de 25.000 pessoas manifestaram em Atenas sua rejeição à visita da chanceler da Alemanha, país ao qual responsabilizam pelas medidas de austeridade.

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