Merkel: polêmica com outros líderes europeus (Franziska Kraufmann/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 11h51.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeita que os Estados imponham uma linha de atuação ao Banco Central Europeu (BCE), revelando um novo foco de tensão com seus sócios na véspera de uma cúpula europeia crucial.
"Negociamos para ter uma posição do BCE, que diga o que quer fazer" para ajudar os países da Eurozona em crise, declarou a chanceler.
"Não se deve deixar surgir a falsa impressão de que os políticos esperam algo do BCE", disse.
Na situação atual, o projeto de comunicado final da cúpula de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro que será realizada na quarta-feira em Bruxelas, elaborado na semana passada, contém uma frase sobre a manutenção, pelo BCE, de medidas excepcionais a favor dos bancos e dos Estados da Zona Euro.
"Apoiamos totalmente o BCE em sua ação para assegurar a estabilidade dos preços na Zona Euro, incluindo as medidas excepcionais na situação atual do mercado, fora do comum", diz o documento.
"A Alemanha não aceita esta frase como consta no comunicado", declarou a chanceler, que falou durante a visita de sua homóloga de Bangladesh, xeque Hasina Wajed, a Berlim.
A Alemanha, mais do que nenhum outro país europeu, apoia a independência do BCE e quer evitar a qualquer preço a impressão de que a instituição obedece às ordens dos governos europeus.