Mundo

Merkel pede unidade europeia para defender liberdade

Em relação à crise dos refugiados, ela defendeu de novo pôr "ordem" nas fronteiras exteriores da UE


	Angela Merkel: "Sabemos que é um atentado contra nossos valores fundamentais, nosso modo de vida e nossa liberdade"
 (Clemens Bilan/AFP)

Angela Merkel: "Sabemos que é um atentado contra nossos valores fundamentais, nosso modo de vida e nossa liberdade" (Clemens Bilan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 11h12.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou nesta quinta-feira a importância de manter a unidade europeia e internacional para defender a liberdade e os valores que foram atacados pelos terroristas em Paris e para encontrar os culpados por estes atentados.

Em um breve comparecimento à imprensa antes de se reunir em Berlim com o chanceler austríaco, Werner Faymann, para abordar a crise dos refugiados, Merkel reiterou seu apoio total à França.

"Sabemos que é um atentado contra nossos valores fundamentais, nosso modo de vida e nossa liberdade", acrescentou Merkel, ao reivindicar a necessidade de unidade.

Em relação à crise dos refugiados, ela defendeu de novo pôr "ordem" nas fronteiras exteriores da UE e em estabelecer um mecanismo permanente e "justo" de distribuição dos solicitantes de asilo entre os membros da União Europeia.

Após os atritos registrados há algumas semanas, quando a Alemanha acusou a Áustria de enviar à fronteira ônibus com refugiados sem nenhum tipo de aviso nem coordenação, Merkel afirmou que houve "grandes avanços, e os fluxos estão muito mais ordenados do que no princípio".

No entanto, lembrou que a solução da crise exige pôr "ordem" nas fronteiras exteriores e o funcionamento o mais rápido possível dos centros de registro na Itália e Grécia.

Essas instalações, acrescentou, devem ser também centros de distribuição de solicitantes de asilo entre os países europeus e de devolução dos que não tiverem direito ao asilo.

Merkel ratificou seu compromisso de apoiar a Grécia e de reforçar a Frontex, a agência europeia de controle de fronteiras, e garantiu que continuará lutando por um mecanismo "permanente" de distribuição de refugiados na Europa.

O chanceler austríaco defendeu a decisão de abrir temporariamente as fronteiras, adotada por ele e por Merkel no início de setembro e afirmou que não havia outra opção diante da situação humanitária na Hungria.

Faymann respaldou a aposta da UE de promover a cooperação com a Turquia para que o país aumente a vigilância de sua costa e melhore a situação dos campos de refugiados no país, ponto de partida de muitos dos solicitantes de asilo que chegam à Europa.

"Não há soluções fáceis que sejam sérias ou sustentáveis", destacou o chanceler após ressaltar que "não faz sentido" pedir à Grécia que enfrente sozinha o problema.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelEuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticosRefugiadosUnião Europeia

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada