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Merkel pede que Putin tente garantir respeito a gays na Chechênia

Após denúncias de tortura e repressão, a chanceler alemã pediu que o presidente russo exerça sua influência sobre os dirigentes da República Russa

Protesto: o mesmo deve ser feito com relação à comunidade religiosa dos Testemunhas de Jeová (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Protesto: o mesmo deve ser feito com relação à comunidade religiosa dos Testemunhas de Jeová (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de maio de 2017 às 14h03.

Sochi (Rússia) - A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje ao presidente russo, Vladimir Putin, que utilize sua influência sobre os dirigentes da República Russa de Chechênia para que sejam garantidos os direitos dos gays, na reunião que mantiveram no balneário russo de Sochi.

"Mencionei o negativo relatório sobre o que acontece com os homossexuais na Chechênia, e pedi ao presidente que exerça sua influência para que sejam respeitados os direitos das minorias", disse Merkel na coletiva de imprensa conjunta com o chefe do Kremlin depois da reunião.

O mesmo, acrescentou a chanceler, deve ser feito com relação à comunidade religiosa dos Testemunhas de Jeová, cuja atividade na Rússia foi recentemente proibida pela Justiça deste país.

Recentemente, o jornal independente russo "Novaya Gazeta" publicou uma reportagem na qual denunciou a perseguição e assassinatos de homossexuais na Chechênia e a existência de prisões secretas nessa república russa de maioria muçulmana no Cáucaso Norte.

A publicação teve tal impacto que o líder de Chechênia, Ramzan Kadyrov, viajou a Moscou para se queixar perante Putin da denúncia do jornal.

Kadyrov negou categoricamente as detenções e assassinatos de homossexuais na Chechênia e rejeitou, além disso, as acusações de ter ameaçado a redação do "Navaya Gazeta".

O Kremlin e a Defensora do Povo, Tatiana Moskalkova, asseguraram que as denúncias não foram confirmadas, da mesma forma que a suposta existência de prisões secretas para torturar os homossexuais.

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