Mundo

Merkel pede esforço nacional para acabar com onda de covid na Alemanha

Elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias preocupa a chanceler da Alemanha

 (Clemens Bilan/Getty Images)

(Clemens Bilan/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 13 de novembro de 2021 às 12h08.

A chanceler alemã Angela Merkel declarou neste sábado (13) que é necessário um "esforço nacional" para acabar com a quarta onda de covid-19 na Alemanha e pediu às pessoas relutantes que tomem a vacina.

"Estou muito preocupada com a situação. Nós enfrentamos semanas difíceis. Precisamos de um esforço nacional para acabar com a forte onda de outono e inverno (hemisfério norte, primavera e verão no Brasil) da pandemia", afirmou a chanceler em seu podcast semanal.

"Se permanecermos unidos, se pensarmos em nos protegermos e cuidar dos outros, nós podemos salvar grande parte do nosso país no inverno", acrescentou.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

Merkel expressou preocupação com o forte aumento dos contágios, o elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias, especialmente em regiões com taxas de vacinação reduzidas, como o leste do país.

A Alemanha enfrenta uma quarta onda de covid-19 nas últimas semanas, com um número recorde de contágios. Áustria e República Tcheca também estão em um cenário similar.

Neste sábado, o instituto de saúde Robert Koch registrou 45.081 novos contágios e 228 mortes provocadas por covid-19 em 24 horas.

Na quinta-feira, o país registrou 50.196 novos casos, um recorde diário desde o início da pandemia.

A chanceler alemã também pediu aos não vacinados que "reflitam" e aceitem a vacina.

De acordo com o governo, 67,4% da população está completamente vacinada, longe da meta estabelecida de 75%.

Merkel é favorável a uma dose de reforço da vacina, que ela considera uma "verdadeira oportunidade para romper a onda de contágios".

A nível político, a chanceler, que permanece no cargo até formação de um novo governo, disse que é "urgente" eu o governo federal e as regiões adotem uma "abordagem unificada" e, em particular, um "índice limite" a partir do qual devem ser adotadas medidas adicionais.

Desde a primavera (outono no Brasil), as autoridades não levam em consideração apenas o número de novas infecções por dia, mas também a saturação dos hospitais para ativar novas restrições.

Este índice limite deve ser "definido com prudência para que as medidas necessárias não sejam tomadas tarde demais", disse Merkel.

Na sexta-feira, o presidente do instituto Robert Koch, Lothar Wieler, afirmou que a Alemanha deve se preparar para um cenário difícil e pediu o aumento das restrições.

"Temos que presumir que a situação vai continuar piorando em toda Alemanha e que esta evolução não pode ser contida sem novas medidas", alertou.

"Semanas e meses difíceis nos esperam", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelCoronavírus

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia