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Merkel não assusta os eleitores conservadores, diz ministro

Merkel, que está buscando um terceiro mandato, tem estado sob pressão da ala direita do seu partido por afastar o partido das suas raízes conservadoras


	Merkel:  líder da ala conservadora do CDU deixou claro aos colegas de direita que eles devem parar de criticar Merkel
 (REUTERS/Fabian Bimmer)

Merkel:  líder da ala conservadora do CDU deixou claro aos colegas de direita que eles devem parar de criticar Merkel (REUTERS/Fabian Bimmer)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2013 às 12h28.

Berlim - A chanceler Angela Merkel não afastou os eleitores conservadores alemães ao empurrar seu partido Democrata Cristão para o centro, mas em vez disso, colocou o partido no caminho certo para ganhar um terceiro mandato seguido em setembro, disse o ministro das finanças, Wolfgang Schaeuble.

Em uma entrevista para a revista Der Spiegel no domingo, o poderoso líder da ala conservadora do CDU deixou claro aos colegas de direita, que eles devem parar de criticar Merkel se quiserem ajudar a manter o partido no poder nos próximos quatro anos.

Schaeuble também descartou, pela primeira vez, uma "grande coalizão" com o partido de centro-esquerda SPD - Social Democratas, uma aliança de centro-direita que muitos analistas esperam que aconteça em setembro. Ele também descartou uma coligação com os Verdes.

Merkel, que está buscando um terceiro mandato, tem estado sob pressão da ala direita do seu partido - CDU - por afastar o partido das suas raízes conservadoras.

Desde 2009 o CDU abandonou o recrutamento militar obrigatório, a energia nuclear e as taxas universitárias. Ele está também se abrindo para as cotas para mulheres de negócios e para os direitos homossexuais.

"Não estamos afastando ninguém," disse Schaeuble à Der Spiegel, defendendo Merkel quatro meses antes da eleição. "Pelo contrário, o CDU está agora em uma posição melhor do que nunca e não estou falando apenas nas pesquisas de opinião." "Merkel está fazendo um trabalho notável," ele acrescentou, apontando para a fraqueza políica e lutas internas que estão assolando os partidos conservadores na França e na Grã-Bretanha. "Todo mundo dirá que a sociedade mudou muito nos últimos 20 anos. Temos que aceitar isso." (Por Erik Kirschbaum)

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