Mundo

Merkel está 'cética' sobre zona de exclusão aérea na Líbia

Chanceler alemã advertiu que é preciso pensar nas "possíveis consequências" da ação

Angela Merkel, chanceler alemã: UE quer cúpula com Liga Árabe e União Africana (Andreas Rentz/Getty Images)

Angela Merkel, chanceler alemã: UE quer cúpula com Liga Árabe e União Africana (Andreas Rentz/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 15h22.

Bruxelas - A chanceler alemã, Angela Merkel, se mostrou nesta sexta-feira "fundamentalmente cética" sobre a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea na Líbia, como pedem alguns dos países da União Europeia (UE).

"Não vejo a necessidade militar" de uma operação deste tipo, afirmou Merkel após a cúpula extraordinária da UE que hoje tratou sobre a crise líbia, e advertiu também que é preciso "pensar nas possíveis consequências".

A chanceler ressaltou que os 27 países do bloco compartilham a ideia de que o líder líbio, Muammar Kadafi, já não é um interlocutor legítimo e que "tem que ir embora" do país.

Além disso, ressaltou que a Alemanha, da mesma forma que os outros países da UE, não reconhece os rebeldes do opositor Conselho Nacional Líbio de Transição (CNLT) como únicos representantes legítimos do país, mas os considera "um interlocutor político a mais".

A chanceler insistiu em que hoje "não se devem tomar decisões" sobre a Líbia e explicou que a Alemanha só apoiaria uma ação militar que contasse com um marco legal claro, o aval da ONU e o apoio das organizações regionais árabes.

Merkel assinalou que os 27 países vão continuar estudando a aplicação de sanções financeiras ao regime de Kadafi e se referiu à cúpula especial que a UE quer realizar com a União Africana e a Liga Árabe para debater a situação na Líbia.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaDiplomaciaEuropaGuerrasPaíses ricos

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA